terça-feira, 27 de julho de 2010

O que existe por trás de tantos símbolos, sinais e afins?


A VIDA POR TRÁS DE SINAIS


Como viver sem a dependência de tantos sinais?-É uma pergunta bastante complexa e difícil de encontrar uma resposta até porque  em geral entende-se que um sinal é uma seqüência de estados em um sistema de comunicação que codifica uma mensagem. A definição pode mudar de acordo com o contexto em que se está trabalhando. Desde que surgiu a humanidade o  homem vem se adaptando às novas formas de comunicação e os sinais sempre fizeram e farão parte dessa história.

 Eles estão em toda parte, seja por cores, sons, gestos, figuras geométricas, enfim. Claro que os avanços tecnológicos têm contribuído e muito para essa compreensão. Há dois meses descobri que eles também são indispensáveis para garantir a segurança inibir a ação de marginais quando utilizados de forma correta e coerente. São eles: pânico, invasão, abertura antes do horário, trouble entre outros.

São quase doze horas tratando esses sinais garantindo assim, a segurança de quem está do outro lado do sistema. Entretanto, eles já começam a roubar nossa atenção ainda de madrugada. Abertura antes do horário- São nossos olhos (janelas da nossa alma) que se abrem após aquele desagradável “disparo” do despertador. Quando falha, atenção! Pode ser sabotagem! – E se for, não entre em pânico , recomendo que faça primeiro um teste no teclado, pode ser falta de comunicação ou bateria descarregada.

 Os minutos passam muito rápidos. No meu caso tenho apenas trinta minutos para tomar um banho, preparar a marmita enquanto a água do café está no fogo. Depois de tomar café por volta das 4h00, já está na hora de sair. Atravesso correndo a avenida, pois a lotação já surge há 200 metros de distância em alta velocidade porque em São Paulo o ritmo já  começa frenético e intenso desde madrugada.

A lotação ainda vazia, me proporciona uns dez minutinhos de cochilo  no silêncio do trajeto até a estação do  metrô Arthur Alvim. No  metrô, isso  já não é possível porque está lotado e muito agitado antes mesmo do dia amanhecer. Alguns assentos até que estão livres, porém é inútil ocupá-los, além da voz que soa pelas saídas de som do vagão  alertando quanto ao uso desses assentos, na estaçao seguinte alguém irá tomar seu lugar, independente de ouvir essa voz ou não. Nada contra, mas não sei o que esses tiozinhos, tiazinhas, pessoas com deficiências físicas e mulheres grávidas estão procurando em plena madrugada?!  No auge do amanhecer!

Já fui acordado numa dessas viagens por uma vovó super mal educada. Agora lançaram também o assento para obesos. São 2 em 1 na cor azul..

Ele tem um espaço compatível para duas pessoas, e geralmente pessoas não obesas já ocuparam. Então, o jeito é viajar 30 ou até 40 minutos em pé mesmo. Todo esse sofrimento, (além do cheiro desagradável) porque tem gente que ao abrir a boca parece que engoliram uns dois mendigos! Finalmente termina meu sofrimento ás 05h40 quando chega o término do trajeto: avenida Rebouças com Brigadeiro Faria Lima. Até chegar aqui, enfrentei várias situações. Tem gente que acha que você é obrigado ouvir forró, rap, funk e outros estilos populares,  em volume máximo!  Nessa altura da madrugada durante a viagem que já  não é  confortável.

 A coisa fica um pouco pior quando somos obrigados a dividir  esse espaço com bêbados, emos, góticos, pessoas mal cheirosas e fofoqueiras de plantão. Assim começa o meu e quem sabe talvez, o seu dia. Este é o sinal de teste, o da de resistência que finalmente chega ao ápice da tolerância. No  final do expediente mais uma odisséia. O caos já está instalado. Salve-se quem puder!

É trouble! - No ônibus: pânico! – No trânsito:falha de comunicação! Ninguém respeita o sinal de trânsito. No metrô, a situação é crítica: Invasão! –  Nem preciso me preocupar em entrar, a grande massa invade os vagões e carregam quem estiver pela frente .Chego a conclusão de que nossa vida é definitivamente regida por sinais e neste caso o vandalismo acaba prevalecendo em cidades que cresceram desordenadamente como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, reflexos da falta de planejamento dos órgãos governamentais.







Marcos Santos

http://marcos-jornalismo.zip.net/

Volta ao início