quarta-feira, 27 de julho de 2016

MinC faz MEGA faxina na administração da Cinemateca.

Em matéria publicada no site G1 em 26 de julho, a Cinemateca passou por uma inesperada faxina que culminou na demissão de 70 funcionários comissionados que não tinham vínculo com o serviço público federal.

Se a moda pegar realmente,  muitas entidades ligadas à cultura deverão passar pelo mesmo pente fino e já devem estar muito apreensivas. O que o MinC está realizando de fato,  é a desconstrução de uma estrutura viciada que incorporou-se em diversas entidades que deveriam fomentar a cultura com pessoas legitimamente capacitadas para ocupar esses cargos dentro de um plano de carreira conforme determinam as Leis: 8.666/1993 e 8 .112/1990. Porém, a maior e mais importante identidade de uma nação que é a cultura, está totalmente sucateada e em mãos erradas.  Mas, parece que o Brasil finalmente está caminhando rumo ao conceito daquilo que deve ser politico e legalmente correto, sobretudo, abrindo caminhos para os verdadeiros profissionais de nível superior que, por meio de concurso público  dedicam horas e horas de estudos e sacrificam feriados e finais de semana debruçados em livros, apostilas, vídeo-aulas mas, na maioria das vezes têm seus sonhos frustrados por causa de um esquema político partidário já engendrado nessas administrações, impedindo portanto, que os verdadeiros agentes públicos ocupem seus espaços.   A resposta do MinC é muito clara: A cultura do cabide de emprego no país está com seus dias contados. 
Foto reprodução da internet.

Em nota, o Ministério da Cultura afirma que efetivou no total a exoneração de 81 comissionados que não tinham vínculo com o serviço público federal. "As exonerações fazem parte da reestruturação da pasta e do plano de valorização dos servidores de carreira, anunciado pelo Ministro,  Marcelo Calero, por ocasião de sua posse", diz a nota.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

70 documentários completos sobre música brasileira e sua história.


Contribua! Sugira filmes que ainda não estão na lista nos comentários ou via Facebook – a construção colaborativa é essencial para a expansão desta playlist só com a fina flor dos documentários sobre a música brasileira. Evoé!

Mais informações: http://desacato.info/70-documentarios-completos-sobre-musica-brasileira-e-sua-historia/

sexta-feira, 22 de julho de 2016

MANDADO DE SEGURANÇA contra a Ordem dos Músicos do Paraná.


Trata-se de mandado de segurança impetrado por Luiz Gustavo Pimentel Slomp em face do Presidente do Conselho Regional da Ordem dos Músicos do Brasil no Paraná, objetivando afastar a exigibilidade de inscrição no Conselho impetrado e do pagamento de anuidade, ou qualquer outra exigência e/ou encargo como condição para o exercício da profissão de músico. 












quinta-feira, 21 de julho de 2016

Informação importante à classe musical.

Urubus e sabiás


Rubem Alves

"Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam... Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás... Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente...

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás...

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá."

O texto acima foi extraído do livro "Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares", editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 81.
Rubem Alves: tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".

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