quarta-feira, 31 de maio de 2017

RAIO X revela o sucateamento e deterioração irreversíveis da Ordem dos Músicos do Brasil.


Por Marcos Santos

O caso emblemático da Ordem dos Músicos do Brasil desafia todos os órgãos ligados a justiça, haja vista que mesmo com tantas evidências de diversos crimes, todos os dirigentes envolvidos continuam soltos e num intenso jogo de  queda de braço para ver quem fica no poder.


Arte de Marcos Santos
Linha do tempo.

A atual crise política e jurídica na Ordem dos Músicos do Brasil desde que Gerson Ferreira Tajes e seus ungidos invadiram o Sindicato dos Músicos de São Paulo está completando quatro anos e até agora quase nada foi feito com relação à punição da quadrilha organizada que há décadas se instalou na autarquia federal e, na maioria dos casos em conluio com sindicatos de músicos, patronais e de outros movimentos sindicais celetistas. Todas as denúncias, queixas, documentos, depoimentos, inquéritos policiais, ações civis públicas impetradas pelo Ministério Público Federal de vários estados, Polícia Federal e Defensorias Públicas pelo Brasil afora, Mandados deSegurança e outros; não foram capazes de inibir as ações ilícitas ,fraudulentas e espúrias de dezenas de pessoas que “privatizaram” a Ordem dos Músicos do Brasil já bastante deteriorada em face da indiferença no âmbito dos princípios da administração pública estabelecidos pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 37.

Após oito meses da nota publicada por Josiel Mota (CF) no blog Cultura Tocantis prometendo que uma auditoria fiscal e processo administrativo disciplinar nas seccionais da Ordem dos Músicos do Brasil e principalmente em São Paulo, colocariam um ponto final na crise, entretanto, ficou só na retórica e a situação vem se agravando cada vez mais, por causa da disputa pelo poder em detrimento as reais necessidades dos músicos.

RAIO X DA OMB.








Bahia
Na Bahia as irregularidades administrativas, fraudes, falsidade ideológica e todo tipo de atos ilícitos culminaram na expulsão de Emídio José dos Santos a frente da presidência há mais de trinta anos. Em seu lugar foi colocado o diretor do Sindicato dos Músicos da Bahia Sidnei Bonfim de Jesus, também conhecido como Sidnei Zapata que permaneceu no cargo por três anos, até ser afastado por Gerson Tajes o Alemão em dezembro de 2016.

A estratégia da gangue denominada por Emídio dos Santos era prejudicar o carnaval baiano e trazer sérios prejuízos aos músicos envolvidos no evento. Segundo notícia divulgada no site Bocão News, a história não é bem assim. Emídio acusa Zapata de ter invadido a sede da autarquia baiana com 50 homens, inclusive lavrou boletim de ocorrência na 1ª Circunscrição Policial em Salvador. 

Imagem reprodução da internet.
À época em 11 de fevereiro de 2014, o presidente deposto alegou ter sido constrangido por uma gangue liderada por Sidnei, Roberto Bueno-presidente deposto da seccional São Paulo, e outros indivíduos, inclusive o motoboy Alemão (que aparece na foto acima com Bueno), atual interventor no Conselho Federal da OMB. “As salas foram invadidas de forma arbitrária, ilegal e violenta”. Afirmou também que danificaram quatro fechaduras das portas e invadiram as dependências da Ordem dos Músicos. Declarou ainda que, além de danos ao patrimônio, os invasores subtraíram talões de recolhimentos diversos, CPU contendo dados da autarquia e aproximadamente R$ 300 em espécie. Segundo Emídio, o fato foi testemunhado pela funcionária Maria do Rosário Oliveira. O caso foi recepcionado pelo delegado Márcio Vilas Boas Alcãntara
                                                                                                                   
Entretanto, em 27 de maio de 2014 a Juíza Federal Ana Carolina Dias Lima Fernandes deferiu o pedido de tutela de Célia Silva proibindo Emídio de atrapalhar a sindicância instaurada pela comissão até a finalização das apurações sob pena de pagamento de multa diária de 500 reais. Diante dessa decisão, no mesmo dia Tony Carlos Maranhão de Souza por meio da Resolução Nº 029-2014/OMB/CF resolveu prorrogar o prazo de permanência da Junta Governativa composta por: Sidnei Bonfim de Jesus-presidente, Kilson Santana de Melo-secretário e Alana Lima de Souza-tesoureira. 

                              Rio de Janeiro


Na capital fluminense a situação é muito pior. A presidente da OMB carioca e ex-presidente do Conselho Federal, Célia Silva (citada acima) provou do mesmo veneno e também foi afastada pela mesma "gangue paulista" e denunciou ao Ministério Público Federal do Rio de Janeiro que fora vítima de truculência e que documentos foram saqueados. Em outubro de 2016 a revista VIU! Publicou uma grande reportagem sobre o caso. Em seu dossiê entregue ao MPF, Célia Silva relata que Mauro Almeida, homem do Alemão, deu ordens aos invasores que vasculhassem todos os arquivos e os bens materiais fossem depredados. 

Foto reprodução da internet.
Alemão(camisa amarela), Fernando Soares-Skylo (ao lado da escada) na sede da OMB/RJ

Segundo a reportagem, a dirigente carioca acredita que a ação tinha como meta eliminar provas das denúncias que ela estava levando ao conhecimento do MPF, além da busca de documentos que pudessem ser alterados e usados contra sua gestão. Célia ressaltou ainda que, além das fraudes supostamente cometidas, valores significativos depositados na conta da OMB/RJ na Caixa Econômica Federal foram saqueados pela gangue. “Eu estive na Caixa e o gerente me confirmou que a conta foi movimentada". 

Depois do estrago feito no Rio, Célia relatou ao MPF que o Alemão –Gerson Tajes esteve na casa dela e prometeu ajudá-la financeiramente, tendo em vista a situação delicada do Ricardo seu sobrinho que, na época era diabético, porém, faleceu meses depois por falta de cuidados médicos dado a grave situação financeira que a "gangue" paulista causou na vida deles. 

Além dos prejuízos, emocional e psicológico enfrentados por ela pela perda desumana de seu sobrinho, ainda foi provocada pelo Alemão logo que assumiu o Conselho Federal a procurar seus direitos na justiça e coagida pelo Roberto Bueno (hoje afastado pelo próprio Tajes) a retirar denúncia ao Ministério Público. O caso está sendo investigado pelo procurador federal Gustavo Magno.

Belém do Pará
O efeito cascata também sacudiu a seccional paraense devido suspeita de irregularidades e fraudes na administração de Marcos Guimarães Silva. O acusado procurou a Defensoria Pública da União por ter sido negado a ele acesso as informações relativas ao teor das acusações. Isso aconteceu em 2015 quando a Célia Silva e Tony Maranhão respondiam pelo Conselho Federal. 

O Defensor Público Federal Lucas Cabette Fábio intimou os dirigentes a apresentarem cópias integrais dos autos das sindicâncias instauradas num prazo de quinze dias corridos, após recebimento do Ofício 152/2015-10C PA, datado em 14/04/2015, entretanto, Tony Maranhão só respondeu ao comunicado um mês depois, alegando que a Sindicância 003/2014-OMB/CF estava sendo submetida a normas técnicas de auditoria interna, mas, até onde essa redação apurou, não houve nenhuma auditoria e o Conselho Federal está sob intervenção do Alemão e seus asseclas. 

Mato Grosso do Sul
Em Campo Grande a situação é deplorável e vexatória. Antônio Carlos Castilho dos Santos – secretário, encaminhou oficio de pedido de socorro em 30 de maio de 2016 para Gerson Tajes e Roberto Bueno, devido a falência daquela seccional. Segundo Castilho, além de estar trabalhando sem receber seus vencimentos há quase dois anos, ainda passou pelo vexame de ter que desocupar o imóvel alugado para instalação da regional campo grandense por causa de acordo não cumprido por Roberto Bueno. 

O secretário relatou no ofício que Bueno pediu para que ele providenciasse o local para sede da OMB e tudo que fosse necessário para o bom funcionamento da autarquia, respeitando a ordem superior, Antônio Carlos conseguiu o imóvel, instalou as divisórias, comprou os móveis, porém, Roberto Bueno declinou do que havia firmado. Além do prejuízo de ter arcado com todas essas despesas, ele ainda teve de pagar IPTU, condomínio e o aluguel do mês de junho de 2014. 

“A sede localizada na Rua 14 de Julho, 768 –Centro Campo Grande está desabando pois não temos condições financeiras para arcar com as benfeitorias úteis e estéticas nas quais deixaram em pé a sua estrutura, pois o prédio está em ruínas, desabando aos poucos”. Enfatizou Castilho.

Além desse panorama físico apresentado com relação as instalações precárias da autarquia em Mato Grosso do Sul, o secretário também falou das dificuldades em arcar com as dívidas que já se somavam a 200 mil reais e portanto não tinha de onde tirar para se livrar do inevitável despejo.

Só de aluguel a OMB devia 96 mil reais, mais 15 mil de salários atrasados, 40 mil reais de dívidas com o contador Nilton Anashiro, 50 mil de dívidas tributárias: INSS, FGTS, PIS e 3 mil reais aos Correios. A água e a luz já haviam sido cortadas por falta de pagamento. Diante do quadro caótico, só restou a Castilho sugerir que se instaurasse uma auditoria para apurar o motivo do abandono daquela seccional por parte do Conselho Federal comandado por Gerson Tajes e Roberto Bueno até a data do ofício.  

Paraná

De acordo com tudo que foi apurado por essa redação, o que motivou as intervenções nas diversas seccionais da Ordem dos Músicos foram as irregularidades encontradas no Paraná e que serviram de parâmetro para que as outras sindicâncias fossem instauradas em todas as regionais. O Ministério Público Federal impetrou Inquérito Civil Público Nº1.25.000.003185/2011-41 para apurar improbidade administrativa e negócios escusos  na Ordem paranaense. 

Mesmo com o processo já tramitando há cinco anos, Tony Maranhão-Presidente do Conselho Federal à época, não prestou contas ao órgão federal e foi intimado em 30 de março de 2016 a apresentar relatórios relativos a instauração da intervenção aberta em 22 de outubro de 2010 e estabeleceu prazo de 10 dias para as providências, sob pena de incidência prevista no artigo 10 da Lei 7347/1985. 

Lista dos Mandados de Segurança

São Paulo

Os acontecimentos na capital paulista ultrapassam todos os limites dos princípios da administração pública regidos pelo artigo 37 da CF 1988: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.  Ao contrário de Sidnei Zapata que paralisou as atividades durante sua intervenção na Bahia, Gerson Tajes e seus capachos continuam operando livremente mesmo sabendo que essa intervenção não tem amparo jurídico e Constitucional conforme   artigo 34 da CF 1988 e portanto, divulgam nas redes sociais sem o menor temor, suas práticas cotidianas como por exemplo: venda de carteiras que está proibida, reuniões políticas, workshop e outras atividades.


Cabe destacar que essa ilegalidade sempre foi o cerne  da Ordem dos Músicos do Brasil por todos os estados citados e em São Paulo há décadas.  A entidade federal sempre ignorou as leis e mais do que nunca vem contribuindo com o avanço da deterioração cultural e sistêmica na capital paulista e, principalmente, promovendo angústias e desesperança para quem trabalha com música. 

Não fosse as irregularidades e brechas encontradas pelo oportunista Gerson Tajes e seu bando na administração de Roberto Bueno, Tony Maranhão, Márcio Ventre e Maria Cristina Barbato, provavelmente a situação da autarquia seria bem diferente do que essa em se encontra apesar de todas as falcatruas reveladas até agora. 

A porta de entrada para que Alemão e seu pessoal tomassem a OMB foi o Sindicato dos Músicos de São Paulo conforme já noticiado por esse blog. Talvez, eles até sejam salvadores da pátria mesmo, porque sem as ações atabalhoadas do sindicalista e seus ungidos, muitas informações ainda estariam guardadas e escondidas numa enorme caixa preta e, possivelmente, muitos estariam acreditando no seu discurso exaurido.  

De lá para cá, o sindicalista ligado a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de São Paulo, Sindicato dos Motoboys e Sindicato de Cargas 
Secas e Molhadas, por meio de articulações políticas de extrema esquerda, conseguiu ainda que fora da lei, concretizar o seu plano de ser interventor no Conselho Federal da Ordem dos Músicos. Com o dinheiro que encontrou no caixa do Sindimussp em 2013 conquistou a carta sindical, atraiu políticos de vários partidos, artistas e, comprou inserções na grade de programações da Rede Record de televisão, cujo viés político  era voltado para obras de caridades a um ínfimo número de músicos desamparados.




Com a chegada de Alemão na entidade federal o ambiente de contaminação que já estava num grau bastante avançado piorou por causa dos vícios do peleguismo sindical em sua essência. Como ele sempre teve em sua retaguarda a Federação dos Transportes e seus 78 sindicatos afiliados, nunca teve dificuldade em aglutinar pessoas ao seu redor atribuindo a essa grande massa a falsa impressão de que eram músicos apoiadores de suas práticas criminosas. Até meados de 2015 essa tática funcionou, mas foi exatamente em 2016 que Gerson Tajes começa a ver o seu castelo desmoronar.

 A diretoria nomeada por ele para comandar o Sindicato dos Músicos se dissolveu por conta das denúncias feitas por esse blog. Ronald Fonseca, ex-diretor e ex-vocalista do falido grupo Emoção a Mais, relatou que deixou o sindicato devido à crise financeira aguda que os acometeram e que não tinha dinheiro nem para pagar o transporte público.  Hoje, de acordo com informações sigilosas, ele e Rodrigo Lau que também era diretor e integrante do grupo de pagode, trabalham como instaladores de TV a cabo e internet. Dos 15 diretores nomeados pelo Alemão em 2013, só restou o Adelmo Ribeiro. 

Para desviar o foco dos inúmeros processos e inquéritos policiais que Alemão vem enfrentado, ele voltou a apelar às panfletagens nas redes sociais potencializadas por Adelmo Ribeiro, também conhecido no meio sindical como Dudé e Márcio Teixeira, interventor nomeado por Tajes para ocupar o lugar de Roberto Bueno na seccional paulista. 

A Câmara Aberta, mídia segmentada no universo sindical entrevistou em fevereiro de 2015 o Alemão e seus assessores e deu-lhes espaço para que pudessem "vender o seu peixe", porém, a realidade em que se encontra o sindicato hoje é bastante diferente daquela que eles tentavam propagar no Youtube. 

Por causa da ganância e fome pelo poder, Gerson Tajes conseguiu deixar o sindicato (que já estava desacreditado) em bancarrotas e jogou a batata quente pro Dudé que hoje segue o mesmo modelo viciado de panfletagens e mentiras herdado pelo seu algoz Alemão.

Confira a entrevista





Toma lá, dá cá!
A guerra judicial está correndo a todo vapor, entretanto, corre boato de que Gerson Ferreira Tajes estaria articulando com os dirigentes expulsos por ele um possível acordão para se livrarem da justiça e todo mundo se dar bem. Isso trouxe um clima de aparente calmaria, porém, os processos seguem tramitando normalmente na Justiça Federal, inclusive, dia 19 último, Anapolino Barbosa da Silva teve pedido de tutela indeferido pelo Juiz Marcelo Rebello Pinheiro que classificou como mal formulado, porém, estabeleceu prazo para que o dirigente expulso da autarquia apresente outros argumentos. Já Alemão processou a cúpula que comandou a Ordem dos Músicos até final de 2016: Leôncio Jesiel Santos Motta, Anapolino Barbosa da Silva, Ricardo Antão do Nascimento e o próprio Conselho Federal no qual é interventor. Porém, até agora o Juíz Márcio Luiz Coêlho de Freitas não deu nenhuma decisão.

Considerações finais

Com toda essa guerra, incertezas e disputa pelo poder, quem perde mesmo são os trabalhadores que deveriam ser bem representados e, sobretudo, a cultura brasileira. O volume de dinheiro que entrou nessas entidades apenas do recolhimento da taxa do artigo 53 da Lei 3857/60 nos períodos de 2008 a 2012 gira em torno de 30 milhões de reais conforme dados apresentados pelo Tribunal de Contas da União. A pergunta que não quer calar: aonde foi parar essa dinheirama?  Se o TCU apresentasse também os recursos oriundos da venda de carteirinhas, pagamento de anuidades e outros vencimentos, possivelmente esse valor dobraria.



Existe um enorme vácuo entre esses períodos fiscalizados, haja vista que, desde 2012 continuou entrando muito dinheiro na OMB e isso tem sido a causa principal de tanta disputa. Não é simplesmente pelo poder, mas acima de tudo, o que ele pode proporcionar em termos políticos e econômicos.

Apesar da quebradeira generalizada no campo financeiro, a entidade federal ainda possui alguns bens que podem ser leiloados como também receber doações de acordo com normas estabelecidas no estatuto da autarquia, caso consigam revogar as decisões do Supremo Tribunal Federal com relação a Lei 3857/60 pegando carona na Ação Declaratória de Constitucionalidade formulada pelo escritório de advocacia Fonseca de Mello & Brito a pedido do ex-Ministro dos Transportesdo governo Dilma, Alfredo Nascimento e presidente do Partido da República (PR), afastado em 2011 por suspeita de comandar esquemas de corrupção no ministério que comandava e, que aliás, é o mesmo partido do garoto propaganda da Ordem dos Músicos do Brasil, senador Magno Malta.




  
Quem sabe depois que a Justiça conseguir por atrás das grades todos os quadrilheiros que deixaram o Brasil mergulhado nesse mar de lama, finalmente sobre um tempinho para analisar a situação caótica e insustentável da Ordem dos Músicos do Brasil que, mesmo com 99% de reprovação da classe musical, ainda continua cometendo ilicitudes sob os holofotes do MPF, Polícia Federal, Supremo Tribunal Federal, Tribunal de Contas da União, COAF-Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Tribunais Regionais, Polícia Civil e diversos setores da Grande Imprensa, dentre outros. Só nos resta saber se os presídios brasileiros terão capacidade de comportar o expressivo número de criminosos soltos por esse Brasil afora.



























quinta-feira, 25 de maio de 2017

Sindmussp cria armadilha para laçar os músicos usando indevidamente marca conhecida de instrumentos musicais.

Por Marcos Santos

Sindicato dos Músicos do Estado de São Paulo e Ordem dos Músicos do Brasil fazem panfletagem com a Tajima Instrumentos Musicais sem autorização e poderão responder por uso indevido da marca.


Adelmo Ribeiro, nomeado por Gerson Ferreira Tajes, interventor na OMB,  como presidente do Sindicato dos Músicos de São Paulo, desafina mais uma vez ao usar a marca Tagima nas redes sociais como isca para atrair associados.

O vídeo que circula no facebook há duas semanas mostra Dudé, como é conhecido no mundo do pagode promovendo gratuitamente a linha de produição da fábrica que hoje é comandada pelo luthier Márcio Zaganin, entretanto, como de costume o sindicalista não deixa claro quais serão as benfeitorias oferecidos pela suposta "parceria" da marca com as entidades sindicais.

Revelando a armadilha.

Apesar da baixa popularidade desses órgãos, ainda tem meia dúzia de gatos pingados (músicos) que acreditam talvez, nesse apelo desesperador em laçar quem vive da música. 
O mais aterrador é perceber que, mais uma vez o dirigente sindical Adelmo Ribeiro se utiliza de sofismas e armadilhas para atrair os músicos para o sindicato e Ordem dos Músicos do Brasil com o claro objetivo de vender carteirinhas a esses trabalhadores. Essa tática já é conhecida, haja vista que se utilizam dela desde que invadiram as entidades em 2013, ou seja, não cola mais.

O músico Leandro Nunes se interessou pelo marketing da mentira promovido por Dudé, como é conhecido no meio sindical e quis saber mais detalhes sobre esse "benefício", alegando problemas em seu violão, porém, ao invés do sindicalista usar de honestidade e direcioná-lo a fábrica, preferiu  persuadi-lo a comparecer no Sindmussp com a promessa de resolverem o problema juntos.

Assim como Leandro, muitos acabam caindo nessa mentira achando que realmente terão seus problemas resolvidos, porém, não passa de uma estratégia para que, chegando lá o músico caia na rede, assim tem sido o "trabalho" dessas entidades.




EXPONDO A VERDADE.

A redação desse blog entrou em contato com a Tagima e, por meio de seu departamento de marketing descobriu que, além dessas entidades usarem o nome da marca sem autorização, ainda promovem mentiras afirmando de maneira subjetiva, que foi firmada parceria com a marca conhecida mundialmente em benefício aos músicos. 

QUAIS AS BENFEITORIAS?

Nenhuma. De acordo com a Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes; " benfeitoria é toda obra realizada pelo homem na estrutura de uma coisa com o propósito de conservá-la ou embelezá-la. Assim, não existe benfeitoria natural, todas são artificiais e trabalhadas no corpo da coisa principal, portanto, não há aumento do bem, diferentemente da acessão, que além de aumentar é modo de aquisição da propriedade".  Saiba mais.

Portanto, de acordo, inclusive com o Código Civil-Lei 10406 de 10 de janeiro de 2002 artigos 96 e 97 não existe nenhuma benfeitoria em prol da classe musical como sugere o sindicato.

A Tagima informou que apenas estaria doando alguns instrumentos para o sindicato com o intuito de os músicos  que ainda não conhecem sua marca possam conhecê-la na prática, porém, nenhum músico está obrigado pela Tagima a comparecer no Sindmussp para tocar seu violão ou guitarra. Ressaltou ainda que uma coisa não tem ligação com a outra e que portanto, qualquer loja de instrumentos musicais que vendem seus equipamentos oferecem esse serviço que nada tem a ver com benfeitoria, e sim, uma prestação de serviço garantida inclusive pelo Código de Defesa do Consumidor. 

Assim sendo, o Sindicato dos Músicos de São Paulo e a Ordem dos Músicos do Brasil continuam desafinando grave por estarem totalmente na contramão de suas prerrogativas e pior, desalinhados com aquilo que os músicos esperam deles: Ética e Transparência.


Conheça a história do fundador da Tagima.





quinta-feira, 11 de maio de 2017

DIRETO AO ASSUNTO!

Por Marcos Santos


Qual a verdade que há por trás dessa nota desafinada?


Eu sei que ao ler esse editorial, os personagens aqui citados estarão dando brados de vitórias achando que, dentro de suas visões distorcidas esse blog está dando "moral" a eles. Nada disso. O princípio das notícias que aqui são publicadas, nada mais é do que levar os leitores a refletirem sobre as atitudes equivocadas praticadas por essas instituições diante do quadro caótico e deplorável, que a cultura vem sofrendo há décadas, mas que se agravou desde que essa "nova" diretoria invadiu as entidades sindicais sem a menor participação ou, validação da grande massa de profissionais da música que agora assiste a este espetáculo de horror que deveria ser evitado, caso essas organizações tivessem seus trabalhos pautados na ética, moral e transparência na prestação de contas no trato das arrecadações e aplicações dos milhões, que foram recolhidos por essa turma que insiste na ideia ilusória de que são representantes da música e da cultura brasileiras, pura utopia!

Trocando em miúdos.

Bastou esse blog publicar a matéria sobre a situação deplorável dos músicos do Teatro São Pedro e Orthesp demitidos de forma sumária, o abandono de seus "representantes" e o desabafo do diretor artístico Luiz Fernando Malheiro,  para que a Ordem dos Músicos do Brasil seccional São Paulo se posicionasse publicando essa nota que revela exatamente  sua face obscura e o quanto essa autarquia acéfala, caminha na direção contrária aos verdadeiros anseios de uma classe de trabalhadores já bastante calejada e desgastada pela má administração dessas entidades pelegas. Falo isso por razões óbvias: não fosse a cutucada dessa redação, esses casos passariam batidos pelos "salvadores da pátria" dos músicos. 

O que os artistas demitidos e a diretoria dessa casa cultural desejam neste momento é terem de volta os empregos que lhes  foram tirados, aliás, se a OMB/CRESP e Sindmussp os representassem de verdade com toda essa "dignidade" e "repeito" que vivem difundindo nas redes sociais, essas demissões jamais teriam ocorrido e explico porque: Todo sindicato de classe tem por obrigação atuar como interlocutor junto ao Estado e ao setor privado no sentido de viabilizar negociações que sejam favoráveis aos trabalhadores, porém, o que estamos constatando ao logo de décadas, especificamente nesses casos,  são sindicatos pelegos que só servem para arrecadar o imposto sindical de seus associados e não os devolvem em ações e atuações que possam lhes garantir pelo menos, a manutenção de seus postos de trabalho. Se o Sindmussp fosse de fato uma entidade que batalhasse em defesa de seus representados por meio de negociações prévias, essas demissões jamais teriam acontecido e, como aconteceu, a OMB e Sindmussp que por décadas arrecadaram milhões de reais oriundos da taxa do artigo 53 da Lei 3857/60, anuidades, etc; deveriam ter pelo menos um fundo de reservas para socorrer casos como esse. Portanto é assim que deve funcionar, mas não funciona e nunca funcionou!

E quando essa redação liga lá para ouvir o lado deles, simplesmente, a ex-braço direito do presidente acuado e enxotado, senhor Roberto Bueno, dona Maria Cristina Barbato nomeada pelo Alemão como chefe do departamento jurídico (nem advogada é), se altera e com a maior arrogância e "verdade absoluta" acusa este blog de prestar um grande desserviço  à música brasileira. 

Desserviço ao músico é: 

1) Fazer da Ordem dos Músicos do Brasil e Sindicato dos Músicos de São Paulo um grande curral político partidário e um grande balcão de negócios para comercialização de carteiras e cartões que para nada servem! 

2)É saber que essa entidade federal corrupta tem como "chefe" maior no Conselho Federal um senhor que, para adquirir a carteira de músico profissional precisou fraudar o resultado da prova em que aliás, foi feita pela chefe do jurídico Maria Cristina Barbato, de acordo com carta divulgada pelo Roberto Bueno, presidente deposto. A mesma que me acusa de prestar um desserviço aos músicos. Vide carta registrada em cartório no final desse texto.

3) Gastar o dinheiro público que entra nas entidades  e não prestarem contas sobre o destino desses recursos arrecadados.

5) Nomear diretores (que na ampla maioria) que nem músicos profissionais são como rege a Lei 3857/60, e pior, ao invés de mobilizarem os músicos em assembleias, preferem fazer reuniões fechadas em que decisões são tomadas com sindicalistas pelegos em detrimento aos reais anseios da classe musical.

6)  Assistir vídeo  do assessor de Gerson Tajes, o senhor Grimaldi Santiago, cujo discurso vem carregado de inverdades. Essa redação apurou as declarações ali expostas e constatou que não houve nenhuma solicitação de auditoria ao escritório do renomado Advogado Fernando Guerra, além de outras mentiras.  Assista ao vídeo no final dessa matéria.

7) Ignorar todas as decisões da Justiça e do STF e MPF sobre a revogação dessa famigerada carteira da OMB que inclusive, já foi cassada a sua obrigatoriedade pelo Serviço Social do Comércio de São Paulo junto a Justiça Federal paulista.

8) O Fernando Skylo, secretário do Gerson Tajes intimidar esse vos escrevem, por meio de mensagens ameaçadores via whatsApp do meu filho dizendo que há "peixe grande" que não está gostando das notícias aqui publicadas e que não estou pensando na minha família.

9) Criar puxadinho religioso com o único objetivo: vender carteira aos músicos do segmento Gospel conforme matéria publicada em 27 de junho de 2016.



Desserviço ao músico é sobretudo,  isso que publiquei dois anos atrás, quando o então chefe do esquema, vulgo Alemão invadiu o Sindicato dos Músicos no Estado de São Paulo e de lá para cá a quebradeira da cultura em São Paulo é geral! 

Se de fato isso que escrevo é um grande desserviço aos músicos e à sociedade, por que a audiência desse veículo (55 mil visualizações até agora) cresce diariamente, enquanto a OMB e Sindmussp amargam terríveis índices de visualizações? Não fossem seus bajuladores, as redes sociais dessas entidades estariam no ócio total!  

Este blog os incomodam tanto que, inclusive, o Gerson Tajes, chefe dos interventores, entrou com processo na justiça para tirá-lo do ar, mas foi em vão porque aqui a notícia é divulgada com total isenção, doa a quem doer sem nenhum patrocínio político partidário ou empresarial que  poderiam cercear a liberdade de expressão,  pensamento e imprensa garantidos pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º- e pela LEI DE IMPRENSA.

Reconquistar o espaço de trabalho e salário é que são o X da questão.

O espaço pretendido pelos profissionais do Teatro São Pedro e Orthesp é o retorno à sua casa e a garantia da manutenção de seus salários e não o auditório dessa autarquia corrupta para uma super exposição inútil e aviltante  que servirá apenas para que seus interventores utilizem dessas imagens e declarações sinceras e verdadeiras dos músicos fragilizados, para o tão famoso e cansativo marketing da mentira que em quatro anos não surtiu nenhum efeito consistente e nunca surtirá, exceto, massagem no ego deles próprios e de políticos e artistas ligados a esses  paspalhões que acreditam ser mesmo ser representantes de alguma coisa. Pura falácia e ilusão!

Para eles, isso é mais fácil e conveniente e demonstra claramente que os músicos brasileiros estão 
órfãos  de uma  representação política e social séria e atuante que produza resultados no mínimo favoráveis, em vez de blá, blá, blá...O que está em jogo nesse momento crucial da vida desses músicos é: como vão conseguir reverter essa situação? Quem os ajudará a pagar suas contas? 


O Fórum é o seu lugar!

Difícil entender como que, Gerson Ferreira Tajes pode se intitular representante dos músicos por meio do "comando" da OMB e Sindmussp-Sindicato dos Músicos de São Paulo colecionando tantos  processos na justiça em todas as esferas, inclusive de músicos. Com tantas dívidas acumuladas e dificuldades para pagar até o condomínio do prédio onde a autarquia está instalada, o ideal seria que o Alemão se mudasse de vez para algum Fórum Criminal ou Trabalhista, haja vista que o sindicalista tem circulado mais nas instituições da justiça do que propriamente, na sede da OMB na qual ele defende ser o presidente. 

Inversão de valores!

O que esses  artistas demitidos menos precisam neste momento é de discurso político evasivo ou espaço para se manisfestarem,  haja vista que local é o que não falta. Eles podem usar o próprio teatro, a sede da FUNARTE, o vão do MASP-Museu de Arte de São Paulo na Paulista, o Anhangabaú, enfim, com exceção da FUNARTE e Theatro São Pedro, os outros são  palcos de grandes manifestações da capital paulista. Trazê-los para as dependências da Ordem denota o quanto essa autarquia e, mais precisamente o sindicato, buscam se eximir de suas atribuições e preferem a zona de conforto, como também, aproveitar a oportunidade para vender carteiras que para nada servem. 

O Sindmussp  é filiado à Força Sindical, por que não acioná-los com seus comboios de militantes que fazem de tudo por uma garrafinha de suco artificial e um sanduíche de mortadela? A Ordem tem como garoto propaganda o senador Magno Malta que, em vez de ficar bajulando esses dirigentes pelegos e perdendo tempo defendendo o Juíz Sérgio Moro (que não depende de suas bajulações) em redes sociais, por que não usa de seu mandato parlamentar para ouvir esses trabalhadores e juntos, criarem um plano de ação para pelo menos, tentar reverter esse e inúmeros descasos com relação a profissão músico, já que ele também é músico e cantor? 


Já no Rio de Janeiro a resposta aos artistas do Theatro Municipal foi ainda mais afrontosa e descabida. O interventor Mauro Almeida sequer teve a sensibilidade, ainda que falsa e demagoga, de publicar uma nota como a da OMB/CRESP.  Simplesmente resolveu jogar a batata quente nas mãos do poder público após terem acesso a matéria publicada neste veículo. O volume de dinheiro que foi desviado pela Ordem dos Músicos do Brasil e Sindicatos corruptos daria para atender as necessidades não apenas dessas casas de espetáculos e seus funcionários demitidos, como também, de milhares de músicos que estão perambulando pelas  ruas dos grandes centros em busca de algumas moedinhas para sustentar-se. 




Tirando o deles da reta!

Esse é o momento exato para que os apoiadores (políticos e artistas)   dessa  farsa institucionalizada demonstrem total solidariedade aos músicos vítimas desse sistema corrupto e covarde enraizado em todas as estruturas do Estado.  Quando é pra mobilizar esses asseclas:  parlamentares e cantores de vários segmentos já com carreiras consolidadas, em prol da defesa de seus próprios interesses, a autarquia e sindicatos não medem esforços e, provavelmente deve até "rolar" um jabá, porém, quando se trata de situações gravíssimas e pontuais como essas, envolvendo os dois maiores e tradicionais, como também,  mais importantes teatros brasileiros, os interventores "tiram o deles da reta" e empurram a mandioca e a responsabilidade ao poder público que, diga-se de passagem,  também tem suas parcelas de culpa, mas que, diante da falta de representatividade moral e ética dessas organizações sindicais, se tornam menores e eles não estão nem ai! Felizmente o dinheiro que alimentava o lobby político desses pelegos acabou! Hoje, sem dinheiro, sem moral e sem a credibilidade da classe que deveriam defender, fica impossível negociar qualquer coisa com o poder público.


Carta escrita por Roberto Bueno, presidente expulso da OMB pelo Gerson Tajes e seu bando: 





A nossa esperança é que a ADPF 183- Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental seja votada no STF o mais rápido possível, só então, a cultura e a música neste país poderão se libertar dessa ditadura disfarçada e imposta pela OMB sob todos os aspectos! "

"Justiça tardia nada mais é do que injustiça institucionalizada" - Rui Barbosa.



                      Desabafo do maestro do Teatro São Pedro publicado no facebook.
Grimaldi Santiago dando entrevista ao Músico Empreendedor na tentativa de vender suas mentiras como se fossem verdades.





  

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Morre músico do Municipal carioca e 40% do corpo artístico do Teatro São Pedro em São Paulo.





Leonardo Páscoa, ex-barítono do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Foto reprodução da internet.
Por Marcos Santos.

A música e a cultura na região sudeste estão de luto. Reflexo da crise causada pela roubalheira de políticos que atinge o Rio de janeiro e do descaso do governo e entidades sindicais de São Paulo.


Morre no Rio de Janeiro um dos maiores barítonos do Brasil, Leonardo Páscoa (42) deixando sua esposa e um filho pequeno. Segundo matéria publicada no site O Globo, o músico teve um infarto fulminante, provavelmente, provocado pelas tensões decorrentes da falta de pagamento do 13º salário de 2016, como também, dos vencimentos mensais que estão atrasados há dois meses. 

Sua esposa Rose é soprano no Municipal e além da dor de enterrar o marido tão jovem em condições precárias e vexatórias , ainda passou pela humilhação e descaso não só do Governo do Estado, como também dos "representantes" dos músicos: OMB/RJ e SindMusi-Sindicato dos Músicos do Rio de Janeiro que nem sequer publicaram uma nota lamentando o ocorrido. 

A matéria do O Globo relata que a viúva precisou fazer uma vaquinha entre os colegas para enterrar o marido. Mas, em contrapartida, o pagodeiro Almir Guineto e o cantor Belchior foram lembrados pelas entidades sindicais, haja vista que, no caso desses músicos as entidades dão a entender que não sobraram ônus pelas mortes por se tratar de artistas solos. Diferentemente do Leonardo Páscoa que morreu, porém, o corpo artístico do Municipal ainda está vivo mesmo com todas as dificuldades financeiras e portanto, precisam de representantes sérios que se interessem e lutem por suas demandas.



Política partidária, hipocrisia, demagogia e afins.

Enquanto a esposa, filho e amigos choram pela morte de Leonardo Páscoa e os músicos do Municipal fazem apresentações na rua em troca de cestas básicas, aqueles que se dizem seus representantes, em vez de prestarem assistência ou pelo menos solidariedade aos profissionais do Teatro, mas, principalmente à viúva, preferiram no mesmo dia da morte do jovem cantor clássico, convidar o sertanejo e deputado federal- (PRB) Sérgio Reis para gravar um vídeo, cujo teor vem carregado de demagogia dizendo que apoia os interventores da OMB/RJ em nome da valorização, dignidade e respeito ao músico brasileiro. A pergunta que não quer calar: para eles (OMB) e seus asseclas políticos, qual o verdeiro conceito dessas palavras que eles tanto gostam de propagar nas mídias sociais?


Desde que os interventores comandados por Gerson Tajes o Alemão que é funcionário da FTTRESP há mais de duas décadas, invadiram o Sindmussp em São Paulo em 2013 e a Ordem dos Músicos do Brasil em 2015, que eles vêm propagando mentiras por meio do facebook, twitter, Youtube tentando vender a ideia de que estão lutando pela valorização da classe musical, porém, o que se vê nos últimos quatro anos é o avanço da deterioração sistêmica das instituições artísticas que agonizam por falta um representante que seja de fato, o interlocutor  com força política, moral e ética para virar esse jogo. 

 Aonde estão a OMB, Sindicatos e políticos oportunistas?

Há mais de vinte dias este blog publicou a fala do senador Magno Malta (PR)  em defesa da autarquia federal mais corrupta do Brasil. Entretanto, até agora não se viu nenhum parlamentar usando de seu mandato para lutar de fato, pelos trabalhadores da música, pelo contrário, o que prevalece é o jogo político partidário e a retórica desgastada que estão  acima dos interesses de uma classe que precisa ir as ruas pedir alimentos para sobreviver. É  o caso do corpo artístico do Municipal carioca que precisou realizar um concerto público em frente ao teatro para arrecadar mantimentos, já que estão sem salários há dois meses.



Artistas do Municipal realizando protestos em frente ao Teatro e pedindo donativos ao público presente.



 


Não há em nenhuma mídia social alguma manifestação de solidariedade e apoio desses políticos aos músicos relatados nessa matéria, apenas o viciado lobby politico que não passa de uma cortina de fumaça para esconder as reais intenções desses pelegos.

 Contrariando e ignorando os fatos, o interventor da autarquia carioca, Mauro Almeida esbanja sorrisos  ao lado do funkeiro Buchecha como se tudo estivesse transcorrendo dentro da mais perfeita normalidade.

A arte, a cultura e a música estão morrendo no Brasil, cadê a OMB e Sindicatos?

Já em São Paulo, o caso é tão grave quanto a capital fluminense. Foi publicado no mesmo dia da morte do barítono do Municipal carioca um vídeo do diretor artístico do Teatro São PedroLuiz Fernando Malheiro informando que no último sábado foi publicado no Diário Oficial, o desmonte do corpo artístico pela O.S que assumiu a administração da casa, cuja demissão atinge mais de 40% de todo o efetivo. Malheiro enfatiza que, com a perda desses músicos a orquestra deixa de ser profissional e passa a ser mista com um enorme perda de qualidade, já que para ocupar essas vagas a Organização Social contratará bolsistas. 

Na contramão desses graves acontecimentos, o Sindicato dos Músicos de São Paulo continua na inércia e na superficialidade da sua real missão que é lutar por essas demandas. A não obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical dentro da reforma trabalhista ainda não entrou em vigor e portanto, o recolhimento do tributo deste ano já foi garantido e não dá para entender o motivo do abandono da Força Sindical e Sindmussp seu afiliado,  com relação aos músicos demitidos do Teatro São Pedro. Usar como referência dados positivos publicados no Observatório da Cultura sobre o impacto econômico da música em Nova York como fez o o Sindmussp na sua fan page no último dia 04 de maio é no mínimo incoerente e afrontoso, haja vista que, naquele país as leis funcionam e as instituições que defendem os trabalhadores não são currais de sindicalistas pelegos e corruptos, mas, acima de tudo, lutam pelos direitos de seus representados e de contrapartida promovem um resultado econômico e social dignos de serem copiados por nações como o Brasil que agoniza nas U.T.I  vítima do câncer terminal provocado pela corrupção sistêmica e roubalheira generalizada. 

Essa redação entrou em contato com as entidades artísticas, porém não obteve respostas. 

Confira as manifestações sobre os  dois casos no facebook.

Luiz Fernando Malheiro-diretor artístico do Teatro São Pedro.
Imagem reprodução da internet.






A quem a OMB representa? 

Por que não prestou solidariedade ao músico do Municipal?

























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