sábado, 20 de agosto de 2011

Grupo de pagode Emoção a Mais entrega quadro de medalhas à atleta Personalidade Cidade Tiradentes 2011


Grupo Emoção a Mais entrega quadro de medalhas à atleta
Personalidade da Cidade Tiradentes
20 de agosto de 2011

                                           Foto:  Marcos Santos
Benta apresentando suas medalhas para o Emoção a Mais
e o quê cada uma representa na sua imensa trajetória de atleta.

Por: Marcos Santos

Enquanto milhares de famílias comemoravam o dia dos pais no segundo domingo do mês de agosto,(14)  domingo último, a velocista Benta Antonia da Silva comemorava mais uma conquista na sua carreira e, escrevia mais uma página na sua árdua e brilhante história dentro do atletismo. Só que desta vez a conquista não se tratava de medalhas e nem de troféus e sim, do tão esperado quadro para guardar seus títulos. Na ocasião da nossa primeira entrevista em 2010, a velocista colocou suas medalhas em cima de uma mesa de alvenaria revestida de azulejo, na cozinha de sua casa simples de três cômodos, porém, emblemática em função do   tesouro escondido no anonimato do humilde bairro do extremo leste de São Paulo. Naquela entrevista realizada em novembro de 2010, Benta disse que seu maior sonho era um dia poder organizá-las num quadro de medalhas como todo atleta faz. Após 38 anos de espera, finalmente o sonho foi realizado. Numa nobre iniciativa da MSA Records, o grupo de pagode Emoção a Mais e integrantes da produtora, estiveram na casa da atleta na Cidade Tiradentes e lhes entregaram o quadro, que foi feito sob medida e na cor escolhida por ela. Mesmo com a agenda lotada, o grupo reservou esse tempo para levar alegria e muita emoção, não só para a atleta, como também, para todos os presentes.
 O Emoção a Mais foi recebido pelos amigos e vizinhos da atleta, além da imprensa local. Muito emocionada, Benta revelou para o grupo de pagode o quê cada medalha representa em sua vida e, o quanto tem sido difícil se manter sem patrocinador. Apesar de tanto talento e determinação, Benta Antônia não teve a mesma sorte de alguns atletas brasileiros, como no caso  de Daniele Hypólito e seu irmão Diego Hypólito, mesmo sendo de modalidades diferentes e pessoas tão  simples e de origem pobre, no entantro,  com um histórico profissional bem parecido em termos de conquistas de medalhas e premiações, porém, a atleta da Cidade Tiradentes não obteve o amplo reconhecimento que merece e aguarda há tantos anos, mesmo representando o Brasil em campeonatos internacionais. 
Foto: Google imagens
Já, Daniele Hipólito ainda menina, foi contratada pelo Flamengo em 1994 e se mudou com toda a família para o Rio de Janeiro já com salário fixo. Além disso, o clube também arrumou moradia e emprego para seus pais. Em 1996, ficou em primeiro lugar no Campeonato Nacional, nas categorias individual e geral. No ano seguinte, conseguiu três expressivos resultados: ganhou o Campeonato Brasileiro no individual e no geral. Foi primeira por equipes no Panamericano de ginástica, nas barras e no solo, e oitava no Trophee Massila, no individual e geral. Seguindo os mesmos passos de Daniele, Diego Hypólito, seu irmão, também se destacou como ginasta conquistando vários títulos para o Brasil.
Foto: Google imagens
Além das inéditas finais de Mundial, Diego já dava sinais claros de seu potencial em 2004: conquistou cinco medalhas de ouro em etapas da Copa do Mundo, inclusive, o ouro na grande final, disputada em Birmingham, em dezembro e, em seguida, ganhou em Melbourne sua sexta competição internacional.  Após um 2004 permeado por medalhas, sofreu uma fratura na tíbia da perna direita dias antes da etapa de São Paulo da Copa, em abril. Diego ainda tentou competir, dias depois, mas logo nos primeiros passos, caiu, chorando de dor. Após o diagnóstico de fratura, submeteu-se a uma cirurgia. Em junho, ao treinar desobedecendo as orientações médicas, agravou a lesão. Resultado: só pôde voltar aos treinos na segunda quinzena de outubro. Como todo atleta, Benta Antônia também enfrenta problemas físicos, mas sem clube definido e sem patrocinador, as dificuldades para se recuperar são imensas, já que não tem plano de saúde e depende da rede pública que não tem vaga e, nem equipamentos modernos suficientes para vários procedimentos. No caso da velocista, ela aguarda desde o começo deste ano, um exame de ressonância magnética do anti-braço e cotovelo. “Agradeço muito a Deus por ter colocado pessoas tão especiais na minha vida como o jornalista Marcos Santos e agora os produtores da MAS Records e o grupo Emoção a Mais.” Ressaltou a velocista.
Para a MSA Records e o grupo Emoção a Mais, é um privilégio poder fazer parte deste capítulo da história da atleta Benta Antônia da Silva que recentemente recebeu o título de personalidade Cidade Tiradentes 2011, por fazer dessa modalidade esportiva, um instrumento de inclusão social e, de qualidade de vida para crianças e adolescentes daquele bairro e regiões.
Benta recebe CD do grupo Emoção a Mais
Familiares, Ale, Skylo, Jornalista Marcos Santos e Emoção a Mais posam
para foto com a atleta Benta Antônia da Silva em 14/08/2001

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Atleta  realizando o sonho de ter suas medalhas organizadas num quadro
por ordem de data e importâncias de títulos.

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Velocista e Grupo Emoção a Mais posam para foto ao brilho das medalhas de ouro
expostas sobre a mesa de alvenaria.




Para saber mais sobre a trajetória de sucesso da velocista, acesse a matéria publicada neste blog no dia 29 de novembro de 2010, no ícone ao lado.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Harry Potter e a Ética de Imprensa

22 de julho de 2011

por Sheila Vieira
“É possível contar um monte de mentiras dizendo apenas a verdade”.
Manual de Redação da Folha de S. Paulo
Na criação do mundo mágico das histórias de Harry Potter, J.K. Rowling deu relevância a diversas instituições do mundo moderno. Uma delas é a imprensa, vista com um olhar mais atento em “Cálice de Fogo” e “Ordem da Fênix”. Minha proposta neste texto será entender como a autora vê o exercício do jornalismo através de suas críticas subentendidas (ou não) nos livros. Meus dois “estudos de caso” serão “O Profeta Diário” (vendo como a mídia tem um papel importantíssimo em tempos de insegurança) e sua repórter Rita Skeeter (analisando a falta de ética na prática jornalística).
                   A SUBMISSÃO DA IMPRENSA EM TEMPOS DE INSEGURANÇA
Rowling muito provavelmente já deve ter lido “1984” de George Orwell, um dos livros mais famosos da Literatura britânica. Lançado em 1949, descreve uma Inglaterra nos anos 80 sob o comando de um governo totalitário, que dominava todas as formas de comunicação e vigiava os cidadãos 24 horas por dia (a expressão “Big Brother” surgiu deste livro). Os integrantes do partido dominante acreditavam que, ao regular o acesso à informação, era possível moldar a visão das pessoas sobre o presente, e até sobre o passado. Apesar de retratar uma situação extrema e fictícia, o livro expõe uma situação verificável na própria História: uma das primeiras coisas que um governo sob pressão ou solidificando seu poder faz é censurar e/ou tomar os veículos de informação.
Isso acontece, pois a imprensa que conhecemos tem a intenção de fiscalizar o poder e defender a democracia. No entanto, nas mãos de um Cornélio Fugde amedrontado, por exemplo, os jornais passam a ser um mero reprodutor das opiniões oficiais, tentando a qualquer custo conter o fortalecimento de grupos que possam se tornar mais populares do que o governo. Este era o risco que a Ordem da Fênix representava para o Ministério da Magia.
No entanto, a falta de independência editorial do “Profeta” não é a única ferida em que a autora põe o dedo. O número reduzido de veículos com grande circulação também é algo visível nos livros, quando publicações alternativas como “O Pasquim” não têm espaço, tampouco popularidade. Uma imprensa que não mostra diversidade de opiniões tende a defender os interesses de poucos, logo, vai contra os princípios democráticos. Na Grã-Bretanha real, há um razoável número de jornais de prestígio (e outros nem tanto, falaremos disso logo em seguida), no entanto, o rádio e a TV têm um grande predomínio da BBC, uma rede estatal.
SOBRE ÉTICA E RITA
Falaremos então de Rita Skeeter. Temos aqui ataque bem explícito ao sensacionalismo dos tablóides ingleses, que violam a privacidade das pessoas, mantêm relações obscuras com suas fontes e distorcem declarações. A principal marca desses veículos é a destruição de reputações e a superexposição da vida privada de personalidades conhecidas pelo público. Nos livros, isso acontece com Hagrid, Dumbledore e com o próprio Harry Potter.
Sem dúvida, Rowling colocou muito de sua experiência pessoal ao escrever sobre isso. Sua vida foi completamente devastada pelos jornalistas britânicos, que buscaram os mínimos detalhes de seu relacionamento com familiares e seu ex-marido. Esses “jornalistas” fazem sua defesa afirmando que, a partir do momento que a pessoa se torna conhecida, automaticamente perde o direito de se preservar (em português claro: “Está na chuva para se molhar”). Esse debate ficou mais acirrado em um dos episódios mais marcantes da História recente da Inglaterra: o assassinato da princesa Diana em 97. Lady Di foi perseguida por um carro de “paparazzi”, seu veículo bateu e capotou, causando sua morte, e o mundo se voltou contra a chamada “imprensa marrom”. Alguns acreditam até hoje que Diana sempre estimulou esse culto à sua personalidade, e o desfecho dessa história (a condenação do motorista da princesa, aparentemente bêbado) mostra que os ingleses ainda preferem não mexer muito nesse vespeiro. Enquanto o público ainda quiser os detalhes “picantes” das personalidades, como a vida familiar de Dumbledore, por exemplo, o total desrespeito dos jornalistas ao direito de privacidade continuará.
Sabemos muito bem quais eram as motivações do “Profeta” e de Rita ao destruir a reputação de Hagrid em “Cálice de Fogo”. Porém, os métodos que um jornalista utiliza para falsificar informações são muitos. A cena da pena de repetição rápida tanto no livro quanto no filme é uma paródia exagerada, mas muito engraçada sobre a distorção de declarações de um entrevistado. No caso de Hagrid, houve a publicação de uma conversa reservada, quando ele diz que sua mãe é gigante. Ao ler o livro, ficamos revoltados com a forma que Rita trabalha, principalmente pela simpatia que temos pelo personagem. Mas no mundo real vemos jornalistas terem a mesma conduta todos os dias (com câmeras escondidas e grampos telefônicos) e aceitamos tudo isso, pois isso seria um meio necessário para atingir um “bom fim” (tornar público algo relevante). Há limites para tudo, inclusive para o jornalismo, mas qualquer tipo de questionamento já é visto como “defesa da censura”.
Rita é uma péssima jornalista porque mente. Mas também porque não é verdadeira a respeito dos métodos que usa para obter suas informações, e aqui ela deixa de ser uma paródia para representar algo que está acontecendo muito na imprensa, cada vez mais. Todos dizem ser objetivos e imparciais. Trata-se de uma certa presunção, pois nenhum repórter consegue esconder totalmente o que pensa ao escrever uma matéria. No entanto, o equilíbrio e o bom senso devem sempre ser buscados. Os veículos de informação têm grande responsabilidade nas mãos, e por mais que digam que só retratam o que acontece no mundo, interferem direta ou indiretamente na sociedade. Rowling quer que sejamos capazes de identificar quando um jornal ou jornalista está tendo a mesma postura que o “Profeta” e Rita, e que possamos cobrar informação de qualidade. Afinal, a imprensa deve estar a serviço do interesse público, sempre. Mas isso se torna cada vez mais difícil quando o próprio público legitima comportamentos antiéticos.

Referências:
Eugênio Bucci: Sobre Ética e Imprensa
George Orwell: 1984


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Por que os jornalistas estão adoecendo mais?



18/07/2011

Por: Elaine Tavares-http://blog.pop.com.br/butucanews/category/espaco-do-jornalista/

O psicólogo, professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Heloani, conseguiu levantar um perfil devastador sobre como vivem os jornalistas e por que adoecem. O trabalho ouviu dezenas de profissionais de São Paulo e Rio de Janeiro, a partir do método de pesquisa quantitativo e qualitativo, envolvendo profissionais de rádio, TV, impresso e assessorias de imprensa.

Segundo Heloani, a mídia é um setor que transforma o imaginário popular, cria mitos e consolida inverdades. Uma delas diz respeito à própria visão do que seja o jornalista. Quem vê a televisão, por exemplo, pode criar a imagem deformada de que a vida do jornalista é de puro glamour. A pesquisa de Roberto tira o véu que encobre essa realidade e revela um drama digno de Shakespeare. Deixa claro que, assim como a absoluta maioria é completamente apaixonada pelo que faz, ao mesmo tempo está em sofrimento pelo que faz, o que na prática quer dizer que, amando o jornalismo, eles não se sentem fazendo esse jornalismo que amam, sendo obrigados a realizar outra coisa, a qual odeiam. Daí a doença!
Um dado interessante da pesquisa é que a maioria do pessoal que trabalha no jornalismo é formada por mulheres e, entre elas, a maioria é solteira, pelo simples fato de que é muito difícil encontrar um parceiro que consiga compreender o ritmo e os horários da profissão. Nesse caso, a solidão e a frustração acerca de uma relação amorosa bem sucedida também viram foco de doença.

                                                          O aumento da multifunção
                                            A multifunção hoje é “comum” nas redações
Heloani percebeu que as empresas de comunicação atualmente tendem a contratar pessoas mais jovens, provocando uma guerra entre gerações dentro das empresas. Como os mais velhos não tem mais saúde para acompanhar o ritmo frenético imposto pelo capital, os patrões apostam nos jovens, que ainda tem saúde e são completamente despolitizados. Porque estão começando e querem mostrar trabalho, eles aceitam tudo e, de quebra, não gostam de política ou sindicato, o que provoca o enfraquecimento da entidade de luta dos trabalhadores. “Os patrões adoram porque eles não dão trabalho.”
Outro elemento importante desta “jovialização” da profissão é o desaparecimento gradual do jornalismo investigativo. Como os jornalistas são muito jovens, eles não têm toda uma bagagem de conhecimento e experiência para adentrar por estas veredas. Isso aparece também no fato de que a procura por universidades tradicionais caiu muito. USP, Metodista ou Cásper Líbero (no caso de São Paulo) perdem feio para as “uni”, que são as dezenas de faculdades privadas que assomam pelo país afora. “É uma formação muitas vezes sem qualidade, o que aumenta a falta de senso crítico do jornalista e o torna mais propenso a ser manipulado.” Assim, os jovens vão chegando, criando aversão pelos “velhos”, fazendo mil e uma funções e afundando a profissão.
Um exemplo disso é o aumento da multifunção entre os jornalistas mais novos. Eles acabam naturalizando a ideia de que podem fazer tudo, filmar, dirigir, iluminar, escrever, editar, blogar etc… A jornada de trabalho, que pela lei seria de cinco horas, nos dois estados pesquisados não é menos que 12 horas. Há um excesso vertiginoso.
Doença é consequência natural
Para os mais velhos, além da cobrança diária por “atualização e flexibilidade”, há sempre o estresse gerado pelo medo de perder o emprego. Conforme a pesquisa, os jornalistas estão sempre envolvidos com uma espécie de “plano B”, o que pode causa muitos danos a saúde física e mental. Não é sem razão que a maioria dos entrevistados não ultrapasse a barreira dos 20 anos na profissão. “Eles fatalmente adoecem, não aguentam.”
O assédio moral que toda essa situação causa não é pouca coisa. Colocados diante da agilidade dos novos tempos, da necessidade da multifunção, de fazer milhares de cursos, de realizar tantas funções, as pessoas reprimem emoções demais, que acabam explodindo no corpo. “Se há uma profissão que abraçou mesmo essa ideia de multifunção foi o jornalismo. E aí, o colega vira adversário. A redação vive uma espécie de terrorismo às avessas.”
Conforme Heloani, esta estratégia patronal de exigir que todos saibam um pouco de tudo nada mais é do que a proposta bem clara de que todos são absolutamente substituíveis. A partir daí o profissional vive um medo constante, se qualquer um pode fazer o que ele faz, ele pode ser demitido a qualquer momento. “Por isso os problemas de ordem cardiovascular são muito frequentes. Hoje, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e o fenômeno da morte súbita começam a aparecer de forma assustadora, além da sistemática dependência química”.
O trabalho realizado por Roberto Heloani verificou que, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, 93% dos jornalistas já não tem carteira assinada ou contrato. Isso é outra fonte de estresse. Não bastasse a insegurança laboral, o trabalhador ainda é deixado sozinho em situações de risco nas investigações e até na questão judicial. Premidos por toda essa gama de dificuldades, os jornalistas não têm tempo para a família, não conseguem ler, não se dedicam ao lazer, não fazem atividades físicas, não ficam com os filhos. Com este cenário, a doença é consequência natural.
Transformados em sócios-cotistas
O jornalista ganha muito mal, vive submetido a um ambiente competitivo ao extremo, diante de uma cotidiana falta de estrutura e ainda precisa se equilibrar na corda bamba das relações de poder dos veículos. No mais das vezes, estes trabalhadores não têm vida pessoal e toda a sua interação social só se realiza no trabalho. Segundo Heloani, 80% dos profissionais pesquisados tem estresse e 24,4% estão na fase da exaustão, o que significa que de cada quatro jornalistas, um está prestes a ter de ser internado num hospital por conta da carga emocional e física causada pelo trabalho.
Doenças como síndrome do pânico, angústia e depressão são recorrentes e há os que até pensam em suicídio para fugir desta tortura, situação mais comum entre os homens. O resultado deste quadro aterrador, ao ser apresentado aos jornalistas, levou a uma conclusão óbvia. As saídas que os jornalistas encontram para enfrentar seus terrores já não podem mais ser individuais. Elas não dão conta, são insuficientes.
Para Heloani, mesmo entre os jovens, que se acham indestrutíveis, já se pode notar uma mudança de comportamento na medida em que também vão adoecendo por conta das pressões. “As saídas coletivas são as únicas que podem ter alguma eficácia”, diz ele. Quanto a isso, o presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, Rubens Lunge, não tem dúvidas. “É só amparado pelo sindicato, em ações coletivas, que os jornalistas encontrarão forças para mudar esse quadro.”
Rubens conta da emoção vivida por uma jornalista na cidade de Sombrio, no interior do estado, quando, depois de várias denúncias sobre sobrecarga de trabalho, ele apareceu para verificar. “Ela chorava e dizia, `Não acredito que o sindicato veio’. Pois o sindicato foi e sempre irá porque só juntos podemos mudar tudo isso.” Rubens ainda lembra dos famosos pescoções, praticados por jornais de Santa Catarina, que levam os trabalhadores a se internarem nas empresas por quase dois dias, sem poder ver os filhos, submetidos a pressão, sem dormir. “Isso sem contar as fraudes, como as de alguns jornais catarinenses que não têm qualquer empregado. Todos são transformados em sócios-cotistas. Assim, ou se matam de trabalhar, ou não recebem um tostão.”
Obs: o estudo foi apresentado em 2010 durante Congresso Estadual dos Jornalistas de Santa Catarina
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Este Blog apóia a luta em defesa do Jornalismo Ético

18/07/2011

Manifesto à Ordem dos Advogados do Brasil - OAB

Em defesa do Jornalismo e da profissão de jornalista

       

Os jornalistas brasileiros, legitimamente representados pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e seus 31 Sindicatos filiados, estão em permanente luta em defesa do Jornalismo e da regulamentação da profissão de Jornalista. O Jornalismo é um bem público essencial à democracia e não existe Jornalismo sem o profissional Jornalista.

Há no país uma ação permanente, patrocinada pelos grandes grupos de comunicação, para desqualificar o Jornalismo, confundindo propositadamente a produção de informação jornalística com entretenimento, ficção e mera opinião.

Igualmente, a categoria tem sofrido ataques à sua constituição e organização. O maior golpe foi desferido pela Justiça. Em junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal (STF), contrariando sua própria jurisprudência, derrubou a exigência da formação de nível superior, específica em Jornalismo, para o exercício da profissão.

Mas a argumentação jurídica que levou a questão ao STF – de que a Constituição Brasileira não acolhera o Decreto-Lei nº 972, de 17/10/1969 – sequer foi lembrada nas argumentações dos ministros. O principal argumento para a derrubada da obrigatoriedade do diploma foi o de que esta exigência fere o princípio da liberdade de expressão consagrado na lei máxima do país.

 Para as entidades representativas dos jornalistas brasileiros, este argumento é uma falácia.  A liberdade de expressão é um direito individual de cada cidadão que não se realiza somente pelos meios de comunicação.  Se assim fosse, para exercer o direito de expressar-se livremente, todo cidadão ou cidadã teria de se transformar em jornalista. Se assim fosse, o Jornalismo seria a mera divulgação da opinião de quem ascendesse à condição de jornalista.
         Como muito bem diz o professor Josenildo Guerra, da Universidade Federal de Sergipe, o argumento “Toma por pressuposto que o jornalismo se esgota na liberdade de expressão, como manifestação de um pensamento individual a ser submetido à apreciação pública.”1



Josenildo Guerra explica a evolução do Jornalismo:
“A imprensa, como suporte tecnológico de um veículo, o jornal, foi importante em diversos momentos da história, seja mundial seja deste nosso país, como instrumento de publicação de idéias e ideais de diferentes atores políticos. Com o parlamento, forma os dois grandes fóruns das sociedades democráticas modernas para o debate de questões de interesse público. Mas, em benefício da própria sociedade, a imprensa evolui, transformou-se em jornalismo: uma prática voltada não apenas para ser o instrumento da livre expressão de seus colaboradores, mas para garantir e disponibilizar as informações necessárias ao público, a fim de que se inteire do que acontece na sociedade e os cidadãos possam formar seus próprios juízos.
Essa transformação configura um novo papel para o jornalista: o de mediador. Ele se abstém de expressar suas convicções, para abrir-se à pluralidade. Ele se abstém do exercício de sua liberdade de expressão, em sentido estrito, para garantir às suas fontes uma mediação imparcial (sim, imparcial, por mais criticado que seja este adjetivo, pois sem ele perde-se toda e qualquer possibilidade de arbitragem em conflitos de interesse). No entanto, ele não prescinde da liberdade de expressão para que o seu trabalho possa circular livremente junto ao público. Assim, o jornalista deixa de ser um publicista, defensor aguerrido de seus ideais políticos, para tornar-se um profissional da mediação: apura os fatos e leva informações sobre eles ao público, medeia a exposição dos interesses e de visões nas situações de conflito.”

O professor Elias Machado, da Universidade Federal de Santa Catarina,  afirma que quem critica a exigência do diploma desconhece a especificidade da função social do Jornalismo e a sua natureza como modalidade de compreensão da realidade.

 “O equívoco da crítica ao diploma consiste em que toma a liberdade de expressão individual como parâmetro universal para todos os tipos de discursos sociais, confundindo produtos publicados na imprensa, rádio, TV e nas redes digitais com as manifestações típicas de conversas entre amigos ou intervenções políticas no espaço público. Como prática social especializada o exercício do jornalismo pressupõe a obtenção do diploma universitário porque o bom nível jornalístico das publicações, dos programas de rádio e TV ou das páginas nas redes depende do domínio de conceitos elementares sobre categorias como notícia, reportagem, editorial, e ética, entre muitos outros, e de técnicas de apuração, diagramação e edição.” 3
Não restam dúvidas de que o papel dos jornalistas é o de buscar a diversidade e a pluralidade de opiniões, garantindo com o seu trabalho, a expressão dos indivíduos e dos grupos sociais constituídos e permitindo que a sociedade forme juízo sobre os mais diversos assuntos de interesse público.
Igualmente, não restam dúvidas de que o Jornalismo não é uma simples atividade que pode ser exercida por qualquer um, independentemente de qualificação profissional. O Jornalismo é uma forma de produção de conhecimento sobre a realidade social. Requer prévios conhecimentos teóricos e metodológicos, que fundamentam o conhecimento produzido.
Ainda é preciso levar em conta que a desregulamentação da profissão de jornalista pode levar ao ataque a tantas outras profissões regulamentadas. O Brasil tem uma tradição jurídica de regulamentar o exercício da maioria das profissões, especialmente as de nível superior. É função do Estado determinar parâmetros e requisitos mínimos no processo de formação do futuro profissional, estabelecendo padrões de qualidade na prestação de serviços à sociedade. Dessa forma, a regulamentação é meio legítimo de defesa corporativa, mas sobretudo certificação social de qualidade e segurança ao cidadão.
A regulamentação da profissão de jornalista no Brasil remonta ao início do século 20 e foi consolidada como resultado da organização da categoria. O fim da exigência do diploma abala estruturalmente a regulamentação em vigor, significando um grande retrocesso histórico, tanto para a categoria quanto para a sociedade.
Por isso, a FENAJ e os 31 Sindicatos de Jornalistas pedem apoio à luta pela aprovação das Propostas de Emendas à Constituição, em tramitação no Senado e na Câmara dos Deputados, que restituem a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício profissional. Mais do que interesses corporativos estão em jogo o direito do cidadão à informação jornalística e, consequentemente, a qualidade da democracia no país.



Federação Nacional dos Jornalistas – Junho de 2011.

1 - Guerra, Josenildo Luiz. Diploma e liberdade de expressão, in Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa a toda a sociedade. Disponível em www.fenaj.org.br/livro1.pdf


2- Machado, Elias. O direito do cidadão ao conhecimento público. In Formação Superior em Jornalismo: uma exigência que interessa a toda a sociedade. Disponível em www.fenaj.org.br/livro1.pdf

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Clássicos do samba e pagode são relembrados pelo grupo Numa Boa no bar DuPretto no Tatuapé.

O bairro do Tatuapé se transformou num grande celeiro de artistas que irão brilhar nas paradas de sucesso nos próximos anos. Basta andar entre 50 a 100 metros no centro do bairro, que já é possível  ouvir muito pagode e samba do bom. O bairro já recebeu vários artistas em início de carreira como: Katinguelê, Raça Negra,  Negritude Júnior, Sensação,  Travessos, Sou Muleke, Exaltasamba, Jeito Moleque  e muitos outros. Agora chegou a vez do grupo Numa Boa, confira a matéria:

Foto: Marcos Santos


Foto: Marcos santos
Alemão exibe em seu escritório no centro de São Paulo, algumas das conquistas da MSA Records.



Foto: Marcos Santos
Markinhos, vocalista e cavaquinista do grupo, grande promessa da nova geração do pagode. Ele aproveita e posa para foto.
 


 

Num clima de perfeito entrosamento musical, Numa Boa apresenta os clássicos do
samba e pagode e anima a galera que lotou a casa na zona leste.

A busca por lugar ao sol no mercado da música brasileira tem feito muita gente investir pesado em equipamentos sonoros de última geração e qualificação profissional. O resultado é um som de qualidade e muito agradável, que atrai pessoas de todas as idades, de modo que, é quase impossível ficar parado. O lugar é o quê menos interessa o importante, mesmo, é passar uma tarde ou uma noite na companhia de quem gosta (independente se faz chuva ou sol) relembrando clássicos do samba e do pagode na voz de Alê, e músicas  atuais e inéditas na voz de Markinhos - novo vocalista do grupo. Este foi o clima promovido pelos meninos do 'Numa Boa', formado por Alê (vocalista), Markinhos (vocalista e cavaquinista), Lelê (pandeiro), Renato (tan tan) Esquilo (violão), além de outros músicos já consagrados, que foram convidados pelo Alemão para reforçar no show, daquela tarde e início de noite do dia 02 de abril, sábado último, no Bar e Chopperia DuPretto, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo. O grupo já se apresentou em várias casas e bares da capital, mas o objetivo de Alê é se consagradar no cenário da música brasileira e, inclusive, atravessar frontreiras. É evidente que essa conquista requer muito investimento, sobretudo, em equipamentos de ponta e músicos de alto nível. Na estrada há mais de 10 anos e, sem obter o retorno esperado, o tempo trouxe para  ele experiência e maturidade, tanto na música, quanto na vida pessoal, ou seja, ele não abandonou seu sonho, ao contrário, conseguiu recursos e está investindo pesado em novas tecnologias e profissionais qualificados. O vocalista e empresário do grupo Numa Boa, disse que não pretende ficar só atmosfera empresarial, seu plano é criar uma escola de música para jovens e adolescentes carentes, e para isso, alugou um espaço de 100m² em um prédio no centro de São Paulo. “Eu pretendo oferecer para crianças e jovens adolescentes que não têm condições financeiras, oportunidades de inclusão social por meio da música. É uma forma do grupo fazer a sua parte social para a construção de um país melhor”, concluiu Alemão. Além disso, ele montou seu escritório no segundo andar do mesmo prédio onde futuramente, pretende fechar grandes contratos e shows com bandas e artistas de todos os estilos musicais. Pelas imagens acima é possível perceber que a MAS Records, empresa de Alê e, responsável pela produção e divulgação dos shows, já ajudou a consagrar muita gente, como também duplas sertanejas que estavam no anonimato, mas, hoje, lotam estádios e as melhores casas de espetáculos, não apenas em São Paulo e Rio de Janeiro, mas, em todo o Brasil. Seu escritório já está em fase final de acabamento com inauguração prevista para a próxima sexta-feira (8), quando também será comemorado o aniversário do músico e vocalista: Markinhos.


Quer conhecer e ouvir o grupo Numa Boa?

Acesse: http://www.youtube.com/watch?v=NF4qbrNbC78/


http://www.youtube.com/watch?v=vSwPyGUnH9A



 

quinta-feira, 31 de março de 2011

Clima tenso no Centro de São Paulo

Foto: Marcos Santos
Comerciantes chineses e coreanos aguardam pacificamente a interdição de suas lojas.

Foto: Marcos Santos
Pedestres observam a ação da Prefeitura interditando o Shopping 25 de Março
Operação na região central fecha o Shopping 25 de Março e apreende 10 milhões de produtos irregulares

O clima ficou tenso na Rua 25 de março nesta quinta (31), região central de São Paulo e, de acordo com informações da Prefeitura, a ação começou no dia 17/03, e resultou em cerca de dez milhões de produtos ilegais apreendidos, no valor estimado de R$ 400 milhões. Além disso, o Shopping 25 de Março, principal alvo da operação, foi interditado pelo CONTRU por irregularidades e falta de segurança. O local teve todos os tipos de produtos apreendidos, principalmente relógios, óculos, bolsas, roupas, tênis, e equipamentos eletrônicos, entre outros itens. Documentos, cheques, dinheiro em espécie, somando o valor de R$ 336.781,00, também foram apreendidos e encaminhados para o DEIC - Polícia Civil. Máquinas de cartões de crédito igualmente apreendidas serão analisadas pela Receita Estadual. Quarenta e dois lojistas apresentaram documentação e CNPJ e estão com seus estabelecimentos/boxes preservados para análise da Receita Federal e do DEIC. Durante a operação foram encontradas paredes e fundos falsos – teto ou parede móvel - em pelo menos 50% das lojas vistoriadas. Neles haviam mercadorias ilegais, falsificadas e contrabandeadas, estocadas.


Mais de 600 pessoas, entre proprietários, funcionários, seguranças e compradores foram identificados ou qualificadas pelos agentes e serão averiguados em inquéritos coordenados pela Polícia Civil –DEIC-Departamento de Investigação Criminal. Mais de 300 estrangeiros já foram averiguados pela Polícia Federal; 120 deles foram diretamente encaminhados para a sede da Polícia Federal por irregularidade ou ausência de documentos, com 52 já deportados do país. Uma pessoa foi presa pelo DEIC, pois era foragida. Outro foragido foi apresentado à justiça e outras duas pessoas foram presas por desvio de mercadorias. Nossa reportagem tentou ouvir os lojistas que, desolados, assistiam a ação da Prefeitura na construção de pequenos muros de blocos de cimento, nas entradas do shopping, porém, ninguém quis falar sobre o caso alegando não dominar o idioma brasileiro. Leia a reportagem completa no site: 

                                                            http://www.prefeitura.sp.gov.br/

Foto: Marcos Santos
Fiscais da Prefeitura garantem a organização da operação em parceria com a Guarda Civil Metropolitana.



 




domingo, 20 de março de 2011

O problema está diante dos seus olhos

Descubra como ter uma postura mais adequada e saudável em frente ao computador.

Colaboração: Marjorie Okuyama/Revista virtual Pandora



Foto: Revista Pandora
Imagem traz uma demonstração de postura inadequada diante do computador.

O ano realmente começa após o carnaval como dizem muitos brasileiros, de volta a rotina sejam eles jornalistas, economistas ou engenheiros, muitos acabam passando grande parte do dia realizando seu trabalho na frente do computador. Mas nem todos sabem que esta simples atividade pode causar doenças graves e podem acabar se tornando crônicas. E não são apenas os adultos que estão propensos a ter estes problemas, jovens e crianças que ficam muito tempo no computador por lazer ou para fazer trabalhos escolares também podem sofrer com dores e incômodos antes mesmo de chegarem à vida adulta

“Síndrome olho-computador”
Este termo nada peculiar que também é chamado de “Síndrome da Visão do Computador”, é atribuído aos problemas com os olhos e com a visão. Após um tempo na frente do monitor, ficar com os olhos vermelhos, começar a sentir queimação nos olhos, coceira, sensibilidade a luz e ter dores de cabeça são os principais sintomas da síndrome. Embora não haja nenhuma prova científica que relacione o uso do computador à lesão ocular permanente, os sintomas apresentados são mais freqüentes em pacientes que passam grande parte do dia diante do computador. A explicação científica para o problema é que na frente do monitor, o indivíduo pisca 30% menos que o normal provocando ardência e a visão embaçada uma vez que a glândula lacrimal responsável por lubrificar o olho proporcionando o conforto não é expelida com freqüência. O ambiente também é um fator que pode favorecer desconfortos na vista. O ar condicionado diminui a umidade do ar, iluminação muito forte e o reflexo do sol no monitor prejudicam os olhos.












Cachorrada invade o blog do Repórter Águia!


Chorão é muito xereta e não pode ouvir o barulho das panelas na cozinha, que já estica o pescoço pra saber qual será o cardápio do dia. Enquanto isso, Bêbe aguarda pacientemente a hora do "rango".

Foto: Giomar Santos
Bethovenn não perde a oportunidade de expor seu charme


Foto: Guiomar Santos
Bebê e Chorão retribuem com beijinhos carinhosos o amor que recebem da dona.

                                             

Vidão de cachorro


Chorão faz cara de dengoso para foto.

Bêbe e Chorão acordam e se preparam para mais um dia animado
Foto: Guiomar Santos

Foto: Guiomar Santos Chorão acena para outra uma sessão de fotos.

sábado, 19 de março de 2011

Relação afetiva de seres humanos com animais domésticos é o novo fenômeno entre brasileiros , americanos e britânicos.


Foto: Marcos Santos
Bebê na janela da cozinha supervisiona sua dona enquanto ela prepara o almoço.


Foto: Marcos Santos
Bêbe e sua vovó July, aguardam na janela da cozinha a hora em que o almoço ficará pronto.
 Nova York, assim como outras grandes cidades, tem muitos cães, a maioria vivendo em apartamentos pequenos com seus donos.
O departamento de saúde da cidade tinha mais de 99 mil cachorros em seus registros no ano passado, mas a estimativa é a de que o número chegue a 500 mil.
E, agora, os donos que gostam da vida noturna da cidade têm onde deixar seus cães.
Trata-se do Fetch Night Club, exclusivo para cães, que tem tudo o que é preciso: DJ, pista de dança, bebidas e petiscos sofisticados.
A diretora criativa da casa, Ami Goodheart, conta que, quando saía à noite com os amigos, eles sempre tinham de voltar para casa, para cuidar dos cachorros.
Aqui é Nova York. Se as pessoas podem deixar os cães em algum lugar enquanto trabalham, por que não podem sair à noite, até as quatro da manhã, e ter um lugar para deixar os cachorros?
Goodheart é de Nova York, tem um cachorro e sabe quais são os problemas que essas pessoas podem enfrentar quando saem de casa.
O clube foi aberto em janeiro deste ano e funciona no porão de uma casa no distrito financeiro de Manhattan.
O horário de abertura da boate canina é entre 19h e 0h. Custa R$ 42 (US$ 25).
O clube canino tem tudo o que uma boa casa noturna precisa ter: parede com fotos de clientes VIPs, decoração dourada, em formato de ossos, uma pista de dança ou de brincadeiras espaçosa.
Ami Goodheard, a diretora do Fetch, conta que o lugar não é para humanos, tudo lá é feito para os cães. E, claro enquanto eles estão no local, os funcionários mantêm todos ocupados.
Então, quando os donos vão pegá-los depois da noitada, os cães simplesmente caem no sono e dormem a noite inteira.
E, para os donos que querem passar a noite fora, o Fetch também tem um hotel, onde os cães podem ficar até a manhã seguinte com serviço completo - Fonte:  site R7.com

Foto: Marcos Santos
Mimi procura o melhor ângulo e numa pose de celebridade esbanja charme e elegância confundindo nossos sentidos. Parece até uma estátua de gesso.
 Já aqui no Brasil no bairro de Itaquera zona leste de São Paulo, o que nos chamou a atenção é a vida mansa de Chorão, Scoth, Belinha, July, Bebê e Bethovenn. Eles ainda não passaram a noite fora em nenhuma boate, mas nem precisa, levam um vidão na casa espaçosa e sempre bem cuidada de sua dona, Guiomar. Para ela, eles são como filhos e o tratamento é vip, incluindo um cardápio bem balanceado com ração e carne de frango. Com exceção da July, todos nasceram no quintal da casa e já faz um ano que a rotina dessa dona dedicada mudou radicalmente; mês passado a Belinha passou por uma cirurgia e agora castrada não corre mais o risco de engravidar dos próprios filhos. “Eles são meus amores e não consigo mais imaginar como seria minha vida sem eles”, afirmou Guiomar. O sonho dela é um dia poder levá-los para o SPA. Além dos caninos, ela também adotou uma gatinha que vive dentro de casa, e, adora tirar fotos. Mimi, quando percebe que alguém está com uma câmera nas mãos corre para fazer uma pose e, seu lugar preferido é a televisão por ser um local alto e que destaca ainda mais o seu charme e elegância. Este fenômeno vem ocorrendo cada vez mais e, com maior intensidade independente da classe social. A sede do governo britânico em Londres tem um novo habitante: Larry, um gato de 4 anos, que foi adotado pelo primeiro-ministro David Cameron para caçar os ratos da residência oficial. 
Foto: Google imagens
Larry pelo jeito também adora fazer pose.
Um porta voz do governo disse que Cameron e os dois filhosmais velhos são apaixonados por felinos. Segundo o porta-voz, Larry é um ótimo caçador de ratos, características dos gatos que viveram por anos nas ruas. "Estou profundamente maravilhado por poder acolher Larry aqui em casa", afirmou o primeiro ministro britânico. O gato malhado deixou o abrigo da organização inglesa Battersea Dogs & Cats Home para se unir a cameron e sua família no combate a praga, depois que um roedor foi flagrado mais de uma vez na escadaria da mais famosa residência londrina.
 Cada pessoa dá o tratamento que está ao seu alcance, seja em casa, sede de governos, boates, enfim: o que percebe-se é que, independente da condição economica, o que realmente prevalece é  o amor, carinho e afeto, que chega até mesmo ultrapassar os limites normais, de uma simples relação entre ser humano e animal.

Texto: Marcos Santos

Governo vai cortar benefício do Bolsa Família de quem ainda não atualizou

Foto: Site do Ministério do Desenvolvimento Social
Beneficiária procura serviço de cadastramento e atualizações do governo.
Os números de quem ainda não atualizou assusta chegando a casa dos milhões. O período considerado pelo governo são os últimos dois anos.

 Em São Paulo são 151.868 beneficiários em total.
Confira a tabela:Quem precisa informar dados como alteração de endereço, renda e número de integrantes da família recebe no extrato do benefício o comunicado do Ministério do Desenvolvimento Social- MDS.
Cabe às prefeituras fazer campanhas chamando os beneficiários a fazer a atualização cadastral junto aos gestores do programa.
Brasília, 16 – Em 2011, os municípios brasileiros precisam atualizar os cadastros de mais de 1,3 milhão de beneficiários do Bolsa Família, programa de transferência de renda do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
A atualização cadastral inclui informações como mudança de endereço ou da renda mensal e aumento ou diminuição das pessoas da família.
Esse processo de confirmação ou alteração das informações gerais dos beneficiários foi introduzido pelo Decreto nº 6.135, de 2007, e deve ser feito a cada dois anos.
O prazo final para a atualização dos dados é 31 de outubro de 2011.
Quem estiver com os dados desatualizados há mais de dois anos e não passar pela revisão cadastral corre o risco de perder o benefício do Bolsa Família.
Na etapa de 2010, 270 mil famílias tiveram benefícios cancelados por falta de atualização cadastral.
Em 2009, o número de cancelamentos atingiu cerca de 550 mil famílias.
A atualização das informações permite que os gestores conheçam melhor a situação das famílias, reforçando o foco do programa e fazendo com que os benefícios cheguem a quem de fato necessita.
As famílias que precisam realizar o recadastramento este ano estão recebendo avisos nos extratos bancários emitidos junto ao pagamento do Bolsa Família e devem procurar as prefeituras.
Já os gestores municipais têm disponibilizada, pelo MDS, a listagem das famílias que devem ter os dados atualizados, e também devem fazer campanhas de chamamento para alertar a população beneficiária.
A revisão cadastral é feita em parceria com os municípios e funciona como mecanismo para aprimorar o Bolsa Família.
O principal programa de transferência de renda do Governo Federal destina mensalmente mais de R$ 1,2 bilhão a 12,9 milhões de famílias em todo o País.
Para garantir o benefício, as famílias precisam manter os filhos na escola, a agenda de saúde em dia e, pelo menos a cada dois anos, atualizar dados como renda, endereço e escola dos filhos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

População de Sapopemba ganha Centro de Referência Especializada de Assistência Social


Foto: Carlos Cobra
Moradores, autoridades e convidados comemoram o mais novo Centro em Sapopemba.

O Prefeito Gilberto Kassab e a Secretária Municipal de Assistência Social, Alda Marco Antonio inauguraram Centro de Referência Especializado de Assistência Social –Creas na

região de Vila Prudente/Sapopemba, Zona Leste de São Paulo na manhã desta segunda-feira (14) com o objetivo de beneficiar a população com situação de vulnerabilidade social. O prédio localizado no distrito de Sapopemba possui 182 m² de área construída e tem capacidade para receber 80 famílias por mês.
O Creas é um serviço especializado no atendimento às famílias e indivíduos que sofreram violações como, por exemplo: violência doméstica, exploração sexual, trabalho infantil, entre outros.
Ele dispõe de três salas de atendimento individual e uma para atividade em grupo, sala de apoio técnico, fraldário, banheiro para deficientes, além de um espaço lúdico para entreter as crianças que acompanham os pais.
Uma equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogos e advogados será responsável pelo acolhimento dos usuários, bem como o encaminhamento aos serviços da rede socioassistencial, saúde e educação.
Além disso, o serviço funciona articulado com órgãos de defesa dos direitos, como o Ministério Público, Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude e Defensoria Pública.

Foto: Carlos Cobra
Prefeito e secretaria Alda Marco Antonio entregam o Creas á comunidade de Sapopemba.

O Creas Vila Prudente está instalado na Rua Manoel de Arruda Castanho, 145 - Sapopemba e atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
Outras informações pelo telefone (11) 2143-8401.

“A população já não agüenta mais essa história de se inaugurar equipamentos públicos só para a imprensa ver e depois de alguns meses e até mesmo semanas esta tudo sucateado e jogado a própria sorte.
“O maior desafio da Cidade é melhorar a vida das pessoas, sobretudo das mais humildes.
Ai o que me intriga é o seguinte se o Prefeito senhor Gilberto kassab desse uma Educação de qualidade, um atendimento medico de qualidade, creches para que essas mães carentes pudessem trabalhar ,isso não ajudaria essas famílias carentes ?” Afirmou Carlos Cobra.

Moradores reclamam de área abandonada e descarte irregular de lixo


Lixão acumula ratos, baratas, insetos e também animais mortos


                                  
Moradores do Jardim Colorado, Suzano, extremo leste da capital paulista há 30 anos estão sofrendo com o abandono de uma área com capacidade para construir pelo menos três estádios de futebol.  O local se transformou em descarte irregular de lixo, entulhos e até cadáver humano já foi encontrado no meio do mato. “A gente paga IPTU para ter melhorias, mas o prefeito só promete e nada faz, nessa área era pra ser uma praça, mas virou ninho de rato e cobra”, reclama Maria do Carmo, 78 anos e moradora a 50 no bairro. O Diário deu um giro por todo o Jardim Colorado, e descobriu que há muitas áreas menores, que também são utilizadas como descarte irregular para todo tipo de lixo, cachorro morto, entre outros. “Eu já cansei de pagar do meu próprio bolso para limpar essa esquina, mas não adianta. No outro dia está cheio de lixo de novo. Já reclamei na Prefeitura, mas o prefeito não está nem ai  porque não é de seu interesse”, afirmou Gilmar da Gama, 44 anos e morador há 15 no bairro. Segundo outros moradores, a imensa área pertence a uma transportadora de nome Crajé. Outras reivindicações foram relatadas, inclusive melhorias na saúde e na segurança. “Nosso bairro está abandonado. A saúde é precária, não tem médicos suficientes para atender o povo e, pra quem mora lá em baixo no Maetê, a situação ainda é pior”, desabafou uma moradora antiga que preferiu não se identificar. A Rua Jeca Tatu também é outra preocupação devido ao tráfego intenso de veículos e, por falta de sinalização e lombada, já houve vários atropelamentos e as vítimas geralmente são pessoas idosas, segundo relato dos moradores. O Diário entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura e em nota eles informaram: “A grande área relatada pela reportagem é propriedade particular que pertence a uma empresa de empreendimento imobiliário. De acordo com o Departamento de Fiscalização de Posturas, os responsáveis foram notificados no dia 1º de dezembro de 2010 para que providenciassem os serviços de capinação, remoção do entulho, limpeza, construção de muro e contrapiso da calçada, necessários para solução do problema que aflige os moradores do entorno. Como não cumpriram o prazo para limpeza a empresa será autuada. A Prefeitura pede também a colaboração dos moradores para que, ao presenciar alguém jogando lixo ou entulho em áreas públicas ou particulares (terrenos baldios), denunciem ao Departamento de Fiscalização de Postura, nos telefones 4747-8902 ou 4745-2083 (Atendimento ao Cidadão). A multa para quem for flagrado neste tipo de infração é de 1.000 UF's, o que dá R$ 2.131,80, em valores atuais”.

terça-feira, 15 de março de 2011

Bairro da zona leste é motivo de disputa entre catadores de lixo



Paulo mostra feliz garrafa de cachaça importada que encontrou no meio do lixo.
 
Jardim Nossa Senhora do Carmo, também conhecido como Morumbi da zona leste da capital, se tornou um bairro muito disputado entre os catadores de lixo devido as casas de alto padrão e qualidade de vida dos moradores. Em dias de coleta de lixo é intensa e frenética a corrida desses garimpeiros, em busca não de garrafas pets, latinhas de alumínio, plásticos, vidros, mas sim, de objetos de maior valor, como produtos eletrônicos, relógios, pulseiras e até filmes em DVD , CDs originais de todos os gêneros musicais, tudo em perfeito estado. “Eu já encontrei até TV boa no lixo. E hoje como você pode ver, vou levar esses filmes para minhas filhas assistirem, porque achei aqui também esse aparelho de DVD, que a meu ver está funcionando. Neste bairro só tem coisa boa no lixo”, afirmou o catador Paulo Sérgio, 51 anos. Ele conta que por dia consegue recolher em média 200 quilos de material, que poderiam parar nos bueiros e, aumentar ainda mais os impactos ambientais. No entanto, além de garantir o sustento da família, Paulo ressaltou que exerce um importante papel de responsabilidade ambiental. “Existe um código de ética entre nós catadores. Cada um tem de conquistar sua rua, seu espaço, sem invadir o território um do outro e, ainda tem que deixar o lixo arrumado para o caminhão levar. Caso isso não aconteça, é feita uma reunião e esta pessoa é obrigada a procurar outro bairro, porque os donos dos ferros-velhos não compram material dela”, encerrou Paulo.

domingo, 13 de março de 2011



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Jornalismo.com: Matagal toma conta da praça e afasta moradores e crianças

Jornalismo.com: Matagal toma conta da praça e afasta moradores e crianças

Fotografia e Música: A arte de eternizar momentos

Colaboração: Álvara Bianca
Fotografia é mais do que a arte de escrever imagens com a luz, é a arte de eternizar momentos, sorrisos, lágrimas, uma forma de desabafar para o mundo o que você está vendo e sentindo.” A partir das palavras de Tah, se pode traçar uma relação entre a fotografia e a música. Uma arte que transforma em eterno um momento, assim como a música que pode tornar-se atemporal. Um retrato da energia, de uma época que passa, mas deixa um registro no papel, no computador ou na memória.
No momento em que se visualiza uma imagem e remete diretamente a aquele momento, presente ou não, que foi preservado e está retratado. Várias são as fotografias que se tornaram clássicas, marcas de uma geração e que bastam com um simples olhar decifrar mais do que está ali expresso.
E o ato de fotografar bandas pode ser mais do que um trabalho, uma diversão. Estar ali ao lado das bandas, acompanhando as turnês, em shows, com todas as suas adversidades e dificuldades para se conseguir uma boa imagem. É gratificante tanto para o fotógrafo como para quem vê aquela fotografia ali de um momento único, capitados em segundos que podiam passar despercebidos, mas estão eternizados.


No Brasil o campo da fotografia é vasto, e dois exemplos de pessoas que optaram em trabalhar capturando momentos musicais são Luringa e Tah Costa. Ele já é uma referência no cenário musical, já trabalhou com várias bandas reconhecidas, como Fresno, NX Zero e Glória, ela é um jovem talento que está começando traçar o caminho da fotografia.


“A fotografia é minha forma de comunicação com o mundo, uma forma de mostrar os seus sentimentos seja pela internet ou em uma exposição impressa. Essa é minha maior terapia, uma forma de relaxar e só deixar os pensamentos fluírem.”
Tamara Cristina ou simplesmente Tah, começou a se interessar por fotografia desde pequena “minha mãe sempre curtiu tirar aquelas fotos caseironas mesmo com aquelas câmeras de filme. E eu cresci vendo aquilo e curtindo também, quando eu tinha uns 14 pra 15 anos ganhei de presente de aniversário do meu irmão um celular com uma câmera de 2mp de resolução o que na época era caro pacas, e eu comecei a fotografar tudo o que eu via pela frente e achava interessante. A primeira coisa que eu fotografei foi minha gata, Hannah, e minha cadela, Lili. No outro ano eu ganhei um notebook e comecei a pesquisar como melhorar as fotos, técnicas de edição e o que mais eu achasse relacionado à fotografia.”

Fotografar bandas é uma forma de trabalhar se divertindo e confessa: “Não sou muito boa com direção de modelos, sou um pouco tímida demais para fotografar pessoas que eu não conheço na rua e em um show o cara está ali colocando todo o sentimento dele pra fora só esperando pra ser fotografado no momento certo.”
Para se ter uma boa foto é necessário basicamente dois instrumentos, um bom olho e paciência para pegar o momento certo. “Equipamento fotográfico não precisa ser o melhor, basta você saber extrair o melhor do equipamento que você tem nas mãos. Não adianta nada você ter a melhor câmera do mundo, com as melhores lentes se você não faz a menor ideia para que serve tal botão.” E revela “eu conseguia fotos muito boas com o meu celular.”

Não foi tão fácil conseguir os equipamentos profissionais, aos poucos foi adquirindo-os. “Bom, logo quando eu comecei a fazer o curso de fotografia comecei a trabalhar no IBGE, e o que mais me motivou a comprar o meu equipamento foi o fato de não ter no meu curso. Eu ia no centro quase toda semana para ver as câmeras, e eu ficava vidrada na 50d e na 5d, e comecei a junta meus salários do IBGE por 4 meses sem gastar nada, fui na loja que eu ia Eu ia no centro quase toda semana para ver as câmeras, e eu ficava vidrada na 50d e na 5d, e comecei a junta meus salários do IBGE por 4 meses sem gastar nada, fui na loja que eu ia sempre para ver as câmeras e acabei comprando a 50d. Minha ansiedade de ter aquele monstrinho nas mãos não me deixou esperar mais alguns meses para pegar a 5d, no outro mês eu peguei meu salário e comprei alguns acessórios como filtro uv, parassol, tripé. Meu flash eu comprei dois meses depois e no finalzinho do ano passado eu me dei um notebook novo de presente.”

Sair na rua com todo aquele equipamento é bem sossegado por causa do seguro. “Eu coloco tudo dentro da mochila e estou pronta. Acho engraçado quando eu vou pra casa de parentes e essas coisas, as pessoas não estão acostumadas com câmeras profissionais passeando a vista na rua e ficam com medo de assaltos e essas coisas. E eu sou tranquilona com isso, até por que não pago seguro para deixar meu equipamento trancado a sete chaves, é justamente para poder andar com um pouco mais de tranquilidade na rua.”


A maior dificuldade em fotografar shows é a iluminação, “que na maioria das vezes é precária, o que às vezes te deixa no mesmo patamar do público e como você é o fotografo, tem que assim mesmo ter criatividade e estudo suficiente para conseguir uma foto bacana.”

Já fotografou as bandas Evox, Kiara, Dilema, entre outras. Tirou algumas fotos em estúdio, mas o que curte mesmo é foto ao ar livre, por ter um pouco mais de liberdade quanto ao fundo que você quer. E com relação a iluminação ao ar livre é só ver o posicionamento do sol ao longo do dia. “Todo mundo que fotografa tem uma referência de imagens, a minha principal referencia é o Cesar Ovalle, mas eu curto alguns outros fotógrafos como o Orelha, Otavio Sousa, e o Luringa.”


Tah além de fotografar gosta bastante de artesanato “sou meio zen de mais quando estou sem a câmera. Fico horas a fio dobrando papel pra fazer uma obra de origami modular, tanto que tem algumas pessoas que me chamam de origami por isso.”

"Como fotógrafa está sempre procurando um novo (ângulo) ponto de vista. Isso ajuda a enxergar um pouco a sociedade? “Acho que a vida ajuda a enxergar melhor a sociedade, a fotografia ajuda no âmbito de deixar você com os olhos um pouco mais abertos para o que está acontecendo ao seu redor.”
Quando eu fotografo vou com apenas uma ideia, captar cenas espontâneas e que me pareçam interessantes, mas dentro disso penso muito com a câmera na mão, pois é com ela na mão que aparecem cenas inusitadas como uma piada entre os integrantes da banda. Gosto muito quando consigo com que a foto fale sozinha e sem legendas mostre o que o cara tava sentindo e até o ritmo da música.”

E finaliza: “Quero fotografar sentimentos, cenas que sejam agradáveis aos meus olhos e que eu ache que sejam agradáveis aos olhos dos outros.”

www.flickr.com/tahcosta ou http://www.tahcosta.tk/


Luringa


Lourenço Fabrino, ou mais conhecido como Luringa, o fotógrafo de bandas de rock. Já fotografou Fresno, NX Zero, Stike, Glória, Dead Fish, For Fun entre outras. Um geminiano que ama fotografar e detesta editar.

Em sua própria definição: “Luringa é um cara louco, que fala palavrão, adora pegar mulher, não tem o mínimo de vergonha na cara pra nada, sincero pra caralho e se fode muito por ser sincero”.
Lourenço é o alter ego do Luringa, um lado mais baixa estima, que não é muito bom com as palavras e que só aparece quando está dormindo ou em casa com a família. “Às vezes se encontram na mesma pessoa.”
Ao longo da entrevista se revela um marketeiro nato. Tem vários fãs-clube, seguidores, comunidades e que acha muito legal todo esse assedio “quero cada vez mais fazer o Luringa ser uma marca”.
É mineiro, vive em São Paulo e nunca teve pretensão como fotógrafo. A primeira foto que tirou foi quando tinha quatro anos e fotografou a tia, que era fotógrafa mas não trabalhava com isso, descendo a escada.
Começou a fotografar em 2004 e profissionalmente só em 2007. Em um dia estava com uma câmera e aproveitou para tirar fotos de um show que ficaram muito boas. Foi tirando mais e mais fotos, trocou de câmera e tornou-se uma grande referência no cenário musical.
Chegou a trabalhar fixo com nove bandas ao mesmo tempo, às vezes dava conflito porque não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Trabalhou 4 anos e meio com a Fresno e quando pediram exclusividade resolveu sair e continuar com as outras bandas. “Foi meio uma estratégia de marketing, tudo o que construí em cima do nome foi em grande parte pela faculdade que fiz, Publicidade e Propaganda”.


Quando saiu da Fresno há cerca de 4 meses, acabou liberando mais tempo para fazer outros trabalhos, começou a fazer vídeos. Com apenas R$ 1 mil filmou o clipe mais barato a entrar no Top 10 da MTV, “Vai pagar caro por me conhecer” do Glória. Já no clipe da Fresno, “Eu sei”, o orçamento foi bem maior, cerca de R$ 20 mil e também foi parar entre os 10 mais da MTV.

Já teve uma vida dupla trabalhou no jornal Lance, site Ofuxico, mas o que gosta mesmo é de fotografar bandas. Inclusive, já teve banda até 2008 onde tocou guitarra, baixo e até cantou, mas não deram certo “queria mais fazer a publicidade da banda. Nunca fui um bom instrumentista.” Mas conta que às vezes brinca com os instrumentos das bandas. E a fotografia acaba sendo uma maneira de suprir a vontade de ser músico.

Desde que se entende por gente já sabia que queria algo relacionado com a música, seja tocando, como rodie. “Queria viajar, pegar um monte de mulher.” E revela: “Quando era criança queria ser cientista, só que tinha que estudar muito, e como nunca gostei de estudar em uma escola, resolvi fazer a faculdade mais fácil. A faculdade que todo louco faz é Publicidade e demorei oito anos para terminar”. Uma curiosidade é que Luringa foi expulso de todas as escolas em que estudou sempre com problemas de hierarquia.

A maior dificuldade de fotografar shows é a oscilação das luzes. “Quando você trabalha a mais tempo com uma banda fica mais fácil porque você já sabe o que vai acontecer no show, seguem o set list e você pega a manhã. E banda grande tem iluminador, o que facilita.”
Ser um fotógrafo já reconhecido não é uma tarefa fácil, já que alguns o procuram não só porque é um bom fotógrafo, “mas também porque conhece tal banda, gravadora, se por no site vai ter várias visualizações. Acaba sendo uma porta de entrada, tem gente que procura pelo nome que já é conhecido”.
“A minha paixão é fotografar show, ao ar livre, mais do que capa de CD, revista. O estúdio às vezes é mais cômodo, no calor de janeiro tem ar condicionado, o computador ali conectado. Mas o estúdio é muito limitado, fundo branco, cinza.” Revela que banda grande é melhor em estúdio porque tem mais postura, “banda nova às vezes trava porque sou eu que estou fotografando, sou amigos dos caras de outras bandas…”

Com um aproveitamento de 80%, é difícil escolher uma foto favorita, já são quase um milhão de imagens. Com os vídeos tem um próprio estilo, mas referências ajudam “assisto a muitos clipes, filmes dos melhores aos piores, vejo muita foto, Flicker de outras pessoas. Isso acaba dando um pouco de inspiração.” E ressalta “a grande inspiração vem de mim mesmo.”
Fala da importância do videoclipe “hoje em dia o clipe é a imagem da banda, leva ela para a mídia, senão não passa na MTV, no Multishow. É um material muito importante.

Andando pelo parque do Ibirapuera em uma de suas habituais corridas de até 14 km, teve a ideia de fazer os workshops. “Quando ando penso muito, tive a idéia em 2009 para agregar mais nome e reconhecimento. Além de ser uma maneira de garantir a grana nos meses de janeiro e fevereiro que são péssimos para quem trabalha com música.” Pensou a principio em 14 turmas e fechou o ano com 17.
Houveram algumas mudanças nos workshops que eram realizados em dois dias e passaram a ser em um só. Uma banda é convidada para ser fotografada, o que resulta numa divulgação ainda maior. Tanto que no workshop com o Glória as turmas fecharam em menos de um mês e com o Tavares, da Fresno, em menos de 14 horas.
Quem freqüenta os workshops é um mesclado, tem gente que vai só para tirar foto com o Luringa, outros vão para conhecer a banda, ou mesmo tem gente que gosta mesmo de fotografia. “Pode aprender muito no WS, se conhece pode aprender mais. Vai desde o leigo até o intermediário.”
Diz para seus alunos “fotografia não existe regras, é uma arte, está certo, está errado, está sem foco, depende do efeito que você quer criar.” Mais um ensinamento: “Não saia apertando o automático e dizendo que é fotógrafo. Tenha atitude, sem medo de errar, de fazer o que você pensa. Crie seu próprio conceito”.

Conta que às vezes pensa no ângulo, mas muita coisa sai no feeling, como pulo e careta. “Perde muito tempo se fica esperando uma pose.” Diz que é difícil ser original, já que tudo tem ligação com alguma coisa, está sempre com as mesmas bandas, “as vezes os integrantes usam a mesma roupa em três shows consecutivos.” E complementa “Igual nunca vai ser, vai ser parecido”.
E finaliza: “A fotografia é o dom de você eternizar, passar uma energia, você mostra a energia do momento”.

Fonte: http://pandora.jor.br/2011/02/27/fotografia-e-musica-a-arte-de-eternizar-momentos/


























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