Da esquerda para direita: Roberto Bueno (ex-presidente da OMB/CRESP), Tony Maranhão (ex-presidente do Conselho Federal da OMB) e Gerson Tajes (ex-"presidente figurativo" do Conselho Federal da OMB).
Por Marcos Santos
Pelo jeito as travessuras desse trio e de outros personagens que citarei mais a frente, irão lhes custar um preço muito alto por ter levado a brincadeira maldosa ao extremo. Há mais de cinquenta anos (quando o Halloween nem se quer pensava em incorporar-se na nossa cultura) milhões de músicos esperam pelas gostosuras que deveriam usufruir dos recursos que foram desviados e, que deveriam ser aplicados em prol da classe musical em todo o território nacional por direitos estabelecidos na lei, porém, lá naquela época, imagina, os espíritos do mal lembrados todos os anos nesta data já estavam por aqui cometendo suas travessuras incorporados nesses e naqueles dirigentes que hoje não estão mais entre nós e sim, acredito eu, no mundo das trevas.
Diz a lenda que há mais de 2500 anos essa data já era comemorada pelo povo celta que acreditava que no último dia do verão (31 de outubro) os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas os moradores colocavam nas casas objetos assustadores como por exemplo: caveiras, ossos decorados, abóboras esculpidas em formato de monstro entre outros.
Um objeto não menos assustador como esses foi colocado na entrada da casa dos músicos (OMB-SP) semana passada conforme eu e a jornalista Cláudia Souza já noticiamos para impedir a entrada desses espíritos malignos que só causaram mal à cultura brasileira, mas, principalmente à música que é uma das expressões mais lindas da arte e de contrapartida, movimenta milhões ou até bilhões de dólares ficando atrás somente do petróleo e do futebol.
Ofício fixado na entrada da OMB-SP. |
O prejuízo gigantesco deixado por essa hierarquia do mal não atingiu apenas aos associados que por décadas contribuíram pagando seus tributos à essa entidade corrupta como também pela cobrança de emissão de carteiras a peso de ouro, cobrança de ingressos em eventos patrocinados pela taxa do artigo 53, mas, acima de tudo, o prejuízo causado ao Erário que deixou de arrecadar milhões e milhões que deveriam ser aplicados em causas sociais como por exemplo: aposentadoria por tempo de serviço, pagamento de auxílio doença caso repassassem os tributos sobre os pagamentos das notas contratuais ao INSS, aposentadoria por invalidez ou mesmo maternidade e reclusão conforme políticas estabelecidas pela previdência.
Além dessas almas penadas causarem esse rombo na Previdência Social e nos cofres públicos ainda conseguiram por meio das suas travessuras, assassinar sonhos, enterrar talentos e aspirações, motivações artísticas e profissionais, vários projetos de inclusão social por meio da música que deveriam beneficiar não apenas quem tenta viver dela, mas, sobretudo a cultura brasileira e suas milhares de manifestações artísticas. Inclusive, o capitulo III da Lei 3857/60 está recheado de gostosuras que deveriam ser distribuídas a milhares de músicos se, de fato esses anjos do mal tivessem a ética e a moral como bases estruturais de suas gestões. O reflexo dessa deterioração sistêmica é sentida por um número expressivo de profissionais da música que, por motivos de idade avançada, doenças, portas fechadas no mercado de trabalho, dentre outras questões precisam se virar como podem tocando e cantando nas ruas dos grandes centros e, além da humilhação e exclusão social, ainda são perseguidos por agentes públicos da prefeitura local e são expostos ao caos da violência urbana que assola o nosso país.
Só com a arrecadação do artigo 53 da lei 3857/60 daria para construir ao longo dessas décadas casas de repouso, centros culturais para gerar emprego para os músicos que hoje estão fora do mercado, hospitais, espaços de convivências, hotéis, etc. Se não estivesse nas mãos de zumbis, garanto que até os artistas e músicos consagrados doariam recursos financeiros para esses projetos em vez de depoimentos fantasiosos gravados em vídeos e difundidos em rede social para persuadir os poucos que ainda acreditam nessa falácia. A exemplo disso que estou escrevendo e claro, cabe dentro desse raciocínio, é o caso do Hospital para tratamentos de pessoas com câncer em Barretos interior de São Paulo e que hoje, está se expandindo por várias outras cidades da da grande metrópole com a ajuda maciça e solidária dos artistas sertanejos.
Este projeto começou na mesma década em que foi criada a Lei que rege a Ordem dos Músicos do Brasil, porém, por pessoas sérias, honestas e comprometidas com o empreendedorismo e o bem estar social, sobretudo, voltado para as famílias carentes. O mais interessante nisso tudo é o fato de o atual gestor do hospital, Henrique Prata, não ser nem médico e muito menos administrador de empresa, mas é um brilhante ativista das causas sociais reconhecido no mundo todo e referência quando o assunto é tratamento de câncer . Talvez, se a autarquia federal estivesse nas mãos de músicos verdadeiros e honestos, a realidade da música no Brasil seria outra e, fazendo um paralelo com a história de Prata, nem mesmo o Hospital do Câncer de Barretos é capaz de tirar a Ordem dos Músicos do Brasil desse estágio avançado dessa terrível doença (câncer) que causou metástase em toda a sua estrutura.
Voltando ao assunto do Halloween, o dia de hoje não está sendo nada fácil para esses espíritos travessos que apostaram cegamente que poderiam continuar cometendo suas travessuras sem ao menos serem percebidos: Roberto Bueno, Gerson Tajes, Helder Silveira, Maria Cristina Barbato, Fernando Soares da Silva o Skylo, Mauro Almeida e Tony Maranhão (este que aparece na foto acima entregando certificado do cargo criado exclusivamente para dar poderes ao Alemão como: Presidente da Comissão de Reestruturação Administrativa e Operacional da OMB).
Abaixo algumas das inúmeras travessuras cometidas pelo ex-presidente da autarquia federal Roberto Bueno.
1) Empréstimos programados para pagamento pela OMB/CRESP, de alguém com o codinome de Carlos Adolfo, vulgo "Rato" cujas parcelas somavam 164.430 mil;
2) Movimentações bancárias suspeitas;
3) Uso indevido de cartão corporativo;
4) Emissão de notas fiscais de prestadores de serviços superfaturadas, entre outras.
5) Além disso, existem provas de que automóveis da OMB foram passados para o nome do Roberto Bueno;
6) Além do salário de aproximadamente 13.500 mil, Bueno também teria participação em percentuais dos honorários negociados pelo advogado Helder Silveira, referente aos pagamentos do artigo 53(alíquota da receita de shows internacionais) com empresários e artísticos, que por lei, tais recolhimentos deveriam ser obrigatórios e por vias fiscalizáveis sem nenhuma necessidade de intermediários comissionados.
Já as travessuras do Gerson Tajes Alemão e seus ungidos ultrapassam todos os limites da razão e do bom senso e para não cansar você leitor, sugiro que acesse os arquivos deste blog clicando no lado direito da sua tela ou deslizando o dedo no seu smartphone ao ter acesso a essa plataforma de notícias.
Gostosuras ou travessuras?
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